FABULÁRIO NÃO APENAS CLÁSSICO-PARTE II
Ganhei de uma AMIGA, professora de português, apostila com diversas análises didáticas, destacando-se a FÁBULA moderníssima que ora transcrevo.
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TRAPEZUNGA E TERREIRÃO, autor CHICO ALENCAR - professor de História, escritor, político e defensor dos seres humanos.........
1-Narrativa segue uma SEQUÊNCIA LÓGICA, isto é, desenvolve-se em INÍCIO (apresentação), MEIO (desenvolvimento) e FIM (desfecho). // A estória é uma FÁBULA – narrativa voltada para um ensinamento, uma lição, que chamamos “moral da fábula”. // A fábula trabalha, fundamentalmente, com personagens ANIMAIS e/ou PLANTAS que se comportam como pessoas. Assim é que esses personagens são símbolos de tipos humanos existentes em nossa sociedade, nosso mundo. Enfim, é o “retrato” crítico do mundo, com defeitos e qualidades.
2-TEMA – A abolição da escravatura, vista sob um enfoque moderno, realista, da história do Brasil. ASSUNTO – Animais personificados, adquirindo características, atitudes e sentimentos comuns aos homens quem amam a LIBERDADE.
3-Apresenta três ELEMENTOS DA NARRATIVA,que são: tempo, espaço(-s) e personagens.
a-TEMPO – fatos ou acontecimentos assim relacionados: “dia vai”, “dia vem”, “dias corriam”, “tempos depois”...
b-ESPAÇO – existem dois processos:
b-1-TRAPEZUNGA, espaço da LIBERDADE, de caráter comunitário, isto é, uma sociedade onde “tudo é comum a todos: os mesmos deveres e direito. “Aqui ninguém é marquês. Todo mundo tem vez!”
b-2-TERREIRÃO, espaço da opressa, das injustiças da escravidão. “No Terreirão era assim: trabalho, trabalho e mais trabalho e bicada em quem se recusava.”
c-PERSONAGENS-SÍMBOLOS:
PICOTA e ZUMBA – indivíduos jovens, curiosos, impetuosos, inovadores, questionadores, conscientes // GALO-BRAVO – velho experiente, “sábio”, perseverante, consciente // MÃE QUELÉ – conselheira, prudente, consciente, saudosista // DUQUE – extrovertido, humilde, consciente // CAPOTE - receoso “conformado”, amigo // DON LEGORNE e PRINCESA ISA – astuciosos, dissimulados, egoístas, opressores, autoritários // SIR RHODE ISLAND – racionalista, metódico, experiente, astucioso // PESCOÇO PELADO, GOLIAS e ÁTILA – alienados, submissos, impiedosos, inconvenientes, servis, “capachos”.
4-Em TRAPEZUNGA E TERREIRÃO, ainda vários provérbios que, sabiamente,estão ligados ao contexto da estória. Tal aspecto da linguagem é típico das fábulas e procuram transmitir ensinamento através de frases curtas, mas de caráter popular, bem sugestivos na imagem, tais como;
“Em terra de cego quem tem um olho é rei.” “Não há mal que sempre dure, nem bem que não acabe.” “Depois da tempestade, vem a bonança.” “Uma andorinha só não faz verão.”
Livro de leitura inesgotável que nos leva a repensar durante a vida inteira, pois a LIBERDADE é responsabilidade de cada um de nós, que a fazemos renascer a cada manhã:
“ – Agora não tem mais escravidão, você sobe?” (...) - Olha só quem vai poder dizer!!! – falou pai Zumba. (...) mostrando oito angolinhas que se apertavam embaixo de Picota (...) o canto de um galo índio anunciava o dia.”
F I M
Ganhei de uma AMIGA, professora de português, apostila com diversas análises didáticas, destacando-se a FÁBULA moderníssima que ora transcrevo.
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TRAPEZUNGA E TERREIRÃO, autor CHICO ALENCAR - professor de História, escritor, político e defensor dos seres humanos.........
1-Narrativa segue uma SEQUÊNCIA LÓGICA, isto é, desenvolve-se em INÍCIO (apresentação), MEIO (desenvolvimento) e FIM (desfecho). // A estória é uma FÁBULA – narrativa voltada para um ensinamento, uma lição, que chamamos “moral da fábula”. // A fábula trabalha, fundamentalmente, com personagens ANIMAIS e/ou PLANTAS que se comportam como pessoas. Assim é que esses personagens são símbolos de tipos humanos existentes em nossa sociedade, nosso mundo. Enfim, é o “retrato” crítico do mundo, com defeitos e qualidades.
2-TEMA – A abolição da escravatura, vista sob um enfoque moderno, realista, da história do Brasil. ASSUNTO – Animais personificados, adquirindo características, atitudes e sentimentos comuns aos homens quem amam a LIBERDADE.
3-Apresenta três ELEMENTOS DA NARRATIVA,que são: tempo, espaço(-s) e personagens.
a-TEMPO – fatos ou acontecimentos assim relacionados: “dia vai”, “dia vem”, “dias corriam”, “tempos depois”...
b-ESPAÇO – existem dois processos:
b-1-TRAPEZUNGA, espaço da LIBERDADE, de caráter comunitário, isto é, uma sociedade onde “tudo é comum a todos: os mesmos deveres e direito. “Aqui ninguém é marquês. Todo mundo tem vez!”
b-2-TERREIRÃO, espaço da opressa, das injustiças da escravidão. “No Terreirão era assim: trabalho, trabalho e mais trabalho e bicada em quem se recusava.”
c-PERSONAGENS-SÍMBOLOS:
PICOTA e ZUMBA – indivíduos jovens, curiosos, impetuosos, inovadores, questionadores, conscientes // GALO-BRAVO – velho experiente, “sábio”, perseverante, consciente // MÃE QUELÉ – conselheira, prudente, consciente, saudosista // DUQUE – extrovertido, humilde, consciente // CAPOTE - receoso “conformado”, amigo // DON LEGORNE e PRINCESA ISA – astuciosos, dissimulados, egoístas, opressores, autoritários // SIR RHODE ISLAND – racionalista, metódico, experiente, astucioso // PESCOÇO PELADO, GOLIAS e ÁTILA – alienados, submissos, impiedosos, inconvenientes, servis, “capachos”.
4-Em TRAPEZUNGA E TERREIRÃO, ainda vários provérbios que, sabiamente,estão ligados ao contexto da estória. Tal aspecto da linguagem é típico das fábulas e procuram transmitir ensinamento através de frases curtas, mas de caráter popular, bem sugestivos na imagem, tais como;
“Em terra de cego quem tem um olho é rei.” “Não há mal que sempre dure, nem bem que não acabe.” “Depois da tempestade, vem a bonança.” “Uma andorinha só não faz verão.”
Livro de leitura inesgotável que nos leva a repensar durante a vida inteira, pois a LIBERDADE é responsabilidade de cada um de nós, que a fazemos renascer a cada manhã:
“ – Agora não tem mais escravidão, você sobe?” (...) - Olha só quem vai poder dizer!!! – falou pai Zumba. (...) mostrando oito angolinhas que se apertavam embaixo de Picota (...) o canto de um galo índio anunciava o dia.”
F I M