UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS

Tempo! São momentos! Interessantes!... Sempre há um tempo para tudo nessa vida. Tempo de nascer, crescer, reproduzir e morrer. Tempo de ser criança, de ser adolescente, de ser adulto e descobrir que um dia passou por muitos perigos para acreditar que existem anjos da guarda. Existiu um tempo em que o coração bateu mais forte a primeira paixão. Depois, pouco tempo veio o tempo de descobrir que o primeiro amor e o primeiro beijo não são eternos. Há um tempo para pensar no tempo, das alegrias, das conquistas, das vitórias e do tempo em que nos sentimos derrotados. O pior tempo é aquele do “nunca mais”

Na vida sempre existiu um tempo e não damos conta que existe um lugar para onde vai o tempo... Às vezes lembramo-nos dos tempos que não voltam mais. Há um tempo para somar as lágrimas de saudades dos entes queridos que foram levados pelo tempo. Não há como esquecer os belos dias, as tardes de mais profunda convivência, onde a palavra era capaz de concordar com as ideias e as ideias se fundirem em realizações. O tempo sepulta felicidades, reforça tristeza e assim a dor da solidão escarifica a ferida da saudade, que a cada momento passado se torna momento presente.

E agora, descobrimo-nos diante do tempo que nem sabemos quanto nos resta para perguntar, para onde foi tanto tempo vivido. Não há como esquecer os belos dias, as tardes de mais profunda convivência, onde a palavra era capaz de concordar com as ideias e as ideias se fundirem em realizações. Pois o espaço do tempo

O tempo de hoje, do aqui, do agora, dura pouco e o tempo para frente é uma dúvida. Como diz Sêneca: “Não é que tenhamos tão pouco tempo, mas que o desperdiçamos demais”. O tempo é um pó na palma da mão em plena tempestade, que distraídos, deixamos escorregar por entre os dedos. Se soubermos aproveitar o tempo, dando um bom uso, será um bem mais precioso para a busca da felicidade. A vida é curta demais para perdermos tempo. Aproveitemos os anos, as horas de vida que nos restam, porque o tempo é uma incógnita. Gibran Khalil diz: “contudo, o que em vós escapa ao tempo, sabe que a vida também escapa ao tempo. Hoje vivemos um tempo de velocidade, em que nós seres humanos não toleramos os revezes, a espera, o atraso, o tédio, a solidão, às vezes até a vida em si. Cada segundo que passa agrava o seu sentimento de estar aprisionado. Para alguns não aguenta mais o tempo e desejam até a morte por estar cansado de viver.

Parafraseando Herbert Spencer, o tempo que não são capazes de matar acaba por mata-los. Mas o tempo dura pouco, que às vezes dá vontade de fugir para bem longe, onde o tempo não tem mais tempo.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 21/07/2015
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