O P Ç Ã O

Estava se sentindo vazia. Sem objetivo na vida. Tornara-se uim acessório. Na relação era figura, decorativa, um enfeite, bibelô, algo completamente supérfluo. Esta questionando sua inutilidade.

Nada decidia. Apénas marchava ao ouvir o grito,, ordinário, marche! Precisa mudar, fosse qual fosse o preço a pagar. Que perderia? Nada porque quem não tem poder de decidir naão tem nada.

Ainda pensou em esperar mais um pouco, aguentar o vazio por mais tempo. Mas não estava mais aguentando o não viver. Aquilo não era vida. Era uma figurante num filme medíocre. Uma marionete que se movimentava pelo comando que os cordéis do parceiro manejavam. Parceiro e dono.

Não, não queria avaliar riscos. Fossem quais fosse as dificuldades e represálias faria sua opção pela liberdade. Queria caminhar pelos próprios pés. Viver. Sedntir o gosto e o prazer da liberdade.

Não iria renunciar a nada porque nada tinha. Nem direito à opinião. Sair dessa relação só lhe traria lucro. O lucro maior: sentir-se viva.

Fez a opção pela liberdade. Estava viva e bulindo. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 21/07/2015
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