A ratinha de biblioteca

Nossa, estava pesquisando alguns livros pela internet e me lembrei da época em que meu apelido era traça e ratinha de biblioteca. Eu sempre amei bibliotecas e salas de leitura!

Tudo começou na minha antiga Escola Estadual de Primeiro Grau Professor João Renato Franco, quando surgiu a sala de leitura. Eu amava ficar lá por horas e levar alguns livros emprestados para ler. Em seguida, me apaixonei pela biblioteca do CENTUR, onde sempre me divertia (e fazia um pouquinho de bagunça) com minha turma da escola.

A minha grande paixão mesmo, ocorreu em 2000, quando conheci a Biblioteca Central da UFPA. Eu me perdia naquelas maravilhosas estantes repletas de livros! Eu amava aquele lugar. Fiz da biblioteca o meu cantinho, o lugar que me fazia tanto bem. Foi lá que conheci minha maravilhosa amiga Cristina Maroja, a bibliotecária mais fantástica da instituição!

Conhecia todas as estantes da Coleção Amazônica e tinha uma fascinação por certas obras como "A Enciclopédia Universal da Fábula", "O Tesouro da Juventude", "Dicionário de Símbolos", obras sobre folclore (Sílvio Romero e Câmara Cascudo), "Muiraquitãs: poemas do Paraíso Verde", "Enciclopédia Barsa", "O Homem e seus Símbolos" entre outras fascinantes publicações.

Amo tanto os livros, que cheguei a ter um acervo enorme, com quatro estantes repletas de livros e um quarto-biblioteca. Meu acervo tinha de tudo: esportes, culinária, ocultismo, medicina, literatura, religião etc. Meus livros sempre foram minha grande paixão! Também foram motivo de ciúmes e de brigas com meu marido, o que me rendeu a perda de boa parte de meu acervo. O lado bom foi que eu aprendi a me desapegar e a compartilhar o que eu mais gostava. Assim, parte dos livros eu doei para bibliotecas públicas e, a outra, para amigos e amigas que amo.

Não há nada como um bom livro! Como dizia Padre Vieira: "O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive". É tão bom sentir o cheiro do livro, a textura de suas páginas, a surpresa ao virar cada página... eu até beijava a capa dos livros mais queridos! Cheguei a dormir abraçada com alguns, enquanto outros ficavam embaixo de meu travesseiro. Quando eu morei sozinha, minha cama era de casal, só para encher o outro lado com os meu livros favoritos! Dormia ao lado de livros de mitologia, símbolos, alquimia, poesia etc.

É, realmente, sou traça assumida! Não sei viver sem livros, gosto de ficar rodeada por eles! (Risos)

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 20/07/2015
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