Doce tormenta
Todos os dias enfrentar aquela multidão para ela era um desafio e quase que obrigada a passar por tudo aquilo. o TIC TAC do relógio a deixava trêmula, suas mãos suavam e seu corpo implorava-lhe para voltar para a sua cama, mas enfim a hora da saída chegou.
Era uma tarde chuvosa e um dia cansativo, os remédios já estavam circulando em seu organismo deixando-a zonza e mole e, vendo o ônibus aproximando-se teve de se apressar seu passo para atravessar a rua e, enfim, dar início a sua tormenta. Ao subir na condução orou a Deus para dar-lhe forças, estava desfalecendo naquela tortuosa situação. Lá estava ele a sua frente, os olhos castanhos escuros fitando os dela que demonstravam a tristeza que a abatia.
Alguns segundos se passaram e para eles na eternidade os olhares se cruzaram e um sorriso surgiu. A partir daquele momento suas vidas mudaram e se tornaram um só, um amor inexplicável nasceu, nada mais importava, apenas o momento que estavam juntos.
As tristezas que ela carregava do seu passado faziam com que tivesse medo de entregar-se plenamente, ora feliz, ora triste, uma montanha russa de emoções, mas de uma coisa não duvidava: Amá-lo-ia pelo resto de seus dias.