AMAR É...

Ah, hermanos, quantos absurdos são cometidos em nome do verbo amar, um verbo que um escritor dizia ser intransitivo, mas que mais que qualquer outro necessita para funcionar de um complemento. Quantas pessoas não imolaram suas almas por culpa do tal complemento.

O amor é lindo? É, mas só quando dá certo. E quando dá errado? Amar é imprescindível? É. E quando o amor vira subserviência, sacrifício e submissão total? E quando a parte não compreendida vira um trapo?

O amor só é lindo quando é partilha, doação mútua, prazer mútuo. Interação. Amor unilateral, ou seja, vivido só por uma das partes, é servilismo, obsessão, capachismo...

Sim, acho que ninguém vive sem amar. Quem não ama, vegeta. Mas amar não é sumeter-se a caprichos, não é ser escravizado., pisado, hulilhado e nem ofendido. Quando acontece isso a pessoa vira um molambo nas mãos do "amado", não é amor, é escravisão.

Quem ama não pode abrir mão do seu brio, de sua altivez, do seu amor próprio. Quem ama não pode abrir mão do seu caráter. Exagerar na submissão, ser míope demais, aceitar tudo com a desculpa que é por amor, ser usado como gato e sapato, é virar um farrapo humano.

Aprecio e respeito mais o chamado amor apache, aquele que apanha mas dá, aquele que recebe um golpe mas revida. O amor eiige o toma lá dá cá. O amor não pode prescindir de direitos e deveres. Amar não é se anular. Amar é...

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/07/2015
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