REPUBLICANDO-ME

O AJUDANTE DO DIVINO

Já era noite. Me preparava para encerrar mais um dia de rotina no escritório.

O telefone toca. Era um amigo, que me fazia um convite para inauguração de um “barzinho”.

Petiscos, bebidas e uma boa música ao vivo.

Dou uma organizada na mesa, desligo o computador, e resolvo prestigiar o evento. Era uma boa oportunidade para rever os amigos. Afinal eu andava sumido nos últimos tempos.

Ao chegar no local notei que não havia estacionamento, teria que parar na avenida. Dei a volta no quarteirão e encontrei uma vaga pertinho do “barzinho”.

Estacionei, desci do carro, acionei o alarme, quando ouvi uma vozinha

atrás de mim:

– Tio, tio… posso cuidar do carro???

Viro e me deparo com um garoto, aparentava ter na faixa de dez a onze anos, magro, rosto sujo (resquícios de um resfriado, eu acho). Brinquei com ele:

– Jesus e Nossa Senhora cuidam pra mim.

Ele me pega de surpresa:

– Ah! tio… deixa eu ajudar eles a cuidar.

Sorrio. Faço um ok pra ele e me encaminho para o “barzinho”.

Sentado, já degustando uns petiscos (brinde da casa), penso no raciocínio

rápido do garoto, e me pergunto:

– O que será que ele vai ser quando crescer???

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 18/07/2015
Reeditado em 18/07/2015
Código do texto: T5315072
Classificação de conteúdo: seguro