EXTINGUAM OS CORONÉIS
Todos os dia acordo entre 5 e 6 horas da manhã tomo um remédio dou uma espiada nas notícias e volto para dormir até as 8 horas. Hoje não foi diferente.
De repente um "blum" na janela. Era o jornaleiro que havia arremessado um vespertino ensacado, como eu não recebo o jornal físico, o vizinho da direita exige que o jornal seja inserido na caixa, estranhei a atitude. Este é o segundo equivoco em 9 anos.
Li o jornal eletrônico rapidamente antes de deitar-me novamente, então senti uma vontade tremenda de por fim a minha própria vida.
Restava escolher as armas, pensei na minha espada e desisti, pois seria uma violência para com ela, quem sabe imitando Getúlio? Também não, pois nem arma tenho, uma corda? A que tenho e é usada pelos gatos está muito suja.
Num último pensamento veio-me a vontade de amarrar em meu próprio corpo rojões, destes que soltam em dias de futebol e invadir qualquer repartição onde a imprensa diz que há corruptos e abraçar-me num deles e assim esperar a morte gloriosa.
De súbito achei melhor lutar, pois desistir é para os fracos e assim a primeira luta que me veio foi a de trocar a adjetivação de coronel pela de deputado, assim depois de major viria o tenente deputado e logo depois o deputado. Talvez tenente senador e senador.
Outro dia esta mesma imprensa fez uma reportagem tratando da corrupção que tinha como título "Os Coronéis do Futebol" ou algo parecido.
Pouco depois de publicarem no meio eletrônico os mal informados saltaram dando palpites.
Não acredito que haja uma parceria Sartori-ZH para desestabilizar os movimentos dos órgãos de segurança e jogá-los uns contra os outros, embora a mesma matéria tenha sido perversa:
"O valor gasto com pagamento de coronéis inativos seria suficiente para bancar os vencimentos de 3,3 mil soldados.
Então que mudem a lei dando duas opções aos coronéis que se aposentam: cometam o suicídio ou se submetam a pena de morte.