Voltando pra casa

Aos poucos, bem aos pouquinhos...vou voltando pra mim. Aquele lugar em que reside de 7 a 11% de toda a lucidez da minha loucura, da malícia da minha inocência, da real rudeza da minha doçura (que eu maquio muito bem) e da maldade da minha bondade.

Estive só, rodeada de gente...não me ouvi...derramei bobagens sem razão...simplesmente porque doíam...fiz como bicho acuado, somente reagi sem refletir.

A dor como o amor cega e emburrece os que trazem a sensibilidade na carne exposta...transparente...a flor da pele.

E as dores eram múltiplas...e intensas.

E eu que tanto falo...pra tentar dizer o mais importante...permaneci em silêncio...e invisível.

Lutando para não desistir de tudo.

Lutando pra conseguir sorrir, falar, gritar.

Senão, ela nos vence..., e isso não permito...choro rios, enlouqueço, rejuvenesço como adolescente inconsequente, envelheço com as rabugices mais crueis do idoso ressentido, mas volto para o centro da Terra e lá estão algumas riquezas pelas quais ainda valem a pena, a extensão de mim..., alguns tesouros que respiram, algumas convicções, alguns ideais que estão impregnados na gente...como a liberdade, o afeto, a igualdade de direitos (de fato) e o transbordar de felicidade.

Thaís Renata de Lima

Thais R Lima
Enviado por Thais R Lima em 17/07/2015
Código do texto: T5313781
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.