As Lágrimas de Reem
O que é o que é:
É loira, tem olhos azuis e está rodeada de crianças?
Errou quem pensou na Xuxa. É Ângela Merkel. Errou quem deixou que crianças refugiadas estabelecessem contato com aquela máquina em forma de mulher, programada pelo capitalismo.
Se até a Xuxa, nossa rainha que dizia as cores de suas roupas às crianças que a viam em preto e branco na televizinha (chorei quando ela foi embora pra Argentina) fez uma menina chorar, não deixando que a inocente entrasse com ela em sua nave, era de se imaginar o que faria a chanceler alemã a uma criança palestina, negando-lhe o sonho de crescer na orgulhosa potência mundial.
O que a primeira-ministra fez foi tão somente verbalizar o pensamento não só do povo alemão (salvo exceções) mas da Europa como um todo. O que ela disse foi "não nos importamos com os seus parentes que sofrem os horrores da guerra, com as crianças mortas nem com os seus sonhos. Nós não queremos você aqui."
Aquela mão que afagou a criança em prantos é a mesma que dispara, indiretamente, todas as armas que dizimam povos. Ela é um dos senhores da guerra. Eles, os senhores da guerra, se omitem em relação à premente retirada das tropas israelenses da Palestina, do sofrimento doloroso dos refugiados no Líbano, dos barcos de imigrantes que não encontram porto, dos haitianos humilhados ao som do mar e à luz do céu profundo do nosso Brasil.
A premiê alemã mandou a real pra menina. O tempo de sonhar já passou, agora é o regresso ao Estado de Natureza que Weil previu e eu, meus amigos, já estou me preparando.
Agora o carinho é que foi de lascar. Só me lembrei do nosso grande Augusto dos Anjos: "a mão que afaga é a mesma que apedreja."
E a menina? Podendo ter ficado quieta, não, foi se amostrar para a bruxa velha. Menina, menina.
O que é o que é:
É loira, tem olhos azuis e está rodeada de crianças?
Errou quem pensou na Xuxa. É Ângela Merkel. Errou quem deixou que crianças refugiadas estabelecessem contato com aquela máquina em forma de mulher, programada pelo capitalismo.
Se até a Xuxa, nossa rainha que dizia as cores de suas roupas às crianças que a viam em preto e branco na televizinha (chorei quando ela foi embora pra Argentina) fez uma menina chorar, não deixando que a inocente entrasse com ela em sua nave, era de se imaginar o que faria a chanceler alemã a uma criança palestina, negando-lhe o sonho de crescer na orgulhosa potência mundial.
O que a primeira-ministra fez foi tão somente verbalizar o pensamento não só do povo alemão (salvo exceções) mas da Europa como um todo. O que ela disse foi "não nos importamos com os seus parentes que sofrem os horrores da guerra, com as crianças mortas nem com os seus sonhos. Nós não queremos você aqui."
Aquela mão que afagou a criança em prantos é a mesma que dispara, indiretamente, todas as armas que dizimam povos. Ela é um dos senhores da guerra. Eles, os senhores da guerra, se omitem em relação à premente retirada das tropas israelenses da Palestina, do sofrimento doloroso dos refugiados no Líbano, dos barcos de imigrantes que não encontram porto, dos haitianos humilhados ao som do mar e à luz do céu profundo do nosso Brasil.
A premiê alemã mandou a real pra menina. O tempo de sonhar já passou, agora é o regresso ao Estado de Natureza que Weil previu e eu, meus amigos, já estou me preparando.
Agora o carinho é que foi de lascar. Só me lembrei do nosso grande Augusto dos Anjos: "a mão que afaga é a mesma que apedreja."
E a menina? Podendo ter ficado quieta, não, foi se amostrar para a bruxa velha. Menina, menina.