Direita, esquerda? Não! Vamos aonde quisermos.
Direita, esquerda? Não! Vamos aonde quisermos.
“Marcha soldado
Cabeça de papel
Quem não marchar direito
Não vai entrar no céu”
Direita, Esquerda
Pra frente, Pra trás
Sentido!
Ou será que vai preso no quartel?
Há reacionários que querem construir porões e calar o brado da liberdade. São retrógrados em vida e buscam a volta do tempo, pois não suportam brindar com o cálice da democracia.
Cale-se, Reacionário! Agora é a vez e a voz da democracia silenciar o grito apedeuta daqueles que não leram a história inventada de uma nação chamada Brasil.
Cale-se! Cale-se!
Há soldados ainda armados, os reacionários, com armas de festim e espoleta, querendo construir um quartel e, com suas inversões semânticas, vociferam o discurso de ordem e progresso. Positivismo? Não!
Coloca-se em fila; meninos e meninas separados; prepara-se para a batalha... a educação física faz soldados, constroem corpos dóceis e úteis e o reacionário, útil para o sistema excludente, quer recopilar discursos viciados e impregnados de uma censura castradora da democracia.
Bate continência, reacionário! A roda da história gira e você, filho do retrocesso, empregado da mordaça, não suporta o outro, onde somente o seu eu entrava. É terrível para uma classe perceber que outra classe frequenta e brinda com o mesmo vinho que, outrora, era bebido e regurgitado pelo discurso segregado.
Cale-se, reacionário!
Não procure a censura, pois encontrará o paraliterário vociferando e toda a verborragia daqueles que foram silenciados e subjugados. Abram os ouvidos, reacionários, e escutem a canção mais melodiosa que a hiper-modernidade já entoou:
Canta, minha gente, canta!
Que o reaça vai pro quartel
Marchando feito um gado
E limpando o ... sem papel!
Mário Paternostro