D E P R E S S I V O

Toda cidade tem seus tipos pulares, principalmente os contadores de causos, alguns dess causos imagináriops. Mas haá figuras que realmente contam o que vivenciaram. Mais: há testemunhos desses causos.

Uma das figuras mais marcantes da minha região, Pesqueira, mas também São Bento do Una, foi o doutor Lívio Valença, médicvo humanitário que foi também deputado estadual. A base eleitoral dele era Pesqueira e São Bento, mas a sua vocação não era a política e sim a medicina. Alguns dos causos vividos pelo doutor Lívio fioram reunidos num livro por sua filha Lívia, um best seeler na região. Ele parecia uma figura saída de um dos livros de Garcia Márquez, sempre de paletó e com aquela maletinha preta na mão direita.

Conheci muito o doutor Lívio. Sei vários causos dele, ma há um que é o meu preferido. Um dia ele estava no seu consultório em Saão Bento, depois de consultar meio mundo de gente, já ia embora, quando viu um ssujeito sentado muito triste na sala de espera, mas dou que ele entrasse e começou oexame, tirou a pressão, bateu com o matelinho no joelho dele, mandou que ele dissesse trinta e três e etce coisa e tal. Depois disse ao sujeito que ele não tinha nada. Mas o cara protestou afirmando que estava se sentindo mal, com uma tristeza que anão passava, que queria um medicamento. Doutor Lívio então resolveu lhe dar uma dica para acabar com a tristeza, algo que seria tgiro e queda, prego batido e ponta virada. Disse: "Meu amigo, você está meio jururu, mas eu tenho o remédio santo para passar sua tristeza. Olhe, armaram um cico aqui em Saão Bento, na entrada da cidade, é um circo muito bom e me disseram quwe tem um palhaço muito engraçado. Vá lá hoje a noite e se divirta ouvindo as piadas do palhaço". O sujeito sorriu triste, um sorriso amarelo, e afirmou: "Mas doutor, weu sou o palhaço do circo".

Doutor Lívio desistiu, pegou a maletinha e deu o pira. O palhaço fopi falar com o padre.