18 de setembro, 2009

Sexta feira, 18 de setembro de 2009, 20h30min.

Não me sinto muito bem. Estou cansado. Mal consigo segurar a caneta. Penso que o dia não estivera satisfeito com minha atuação e por isso castigara meu corpo com as dores da solidão afim de se vingar.

Fora um dia exaustivo, ainda mais quando o trabalho que levou horas de empenho e esforço acaba por dar errado e pior, nas considerações finais!

De que vale a vida de um homem se não a vive com quem ama e menos ainda vale se não lhe tem a quem amar.

Morrera a vida em dia de meu nascimento. Ouviam-se meu choro, viam-se meu olhar, alegravam-se com meu sorriso mas não enxergavam o imenso vazio de minha alma.

Não sei o que fazer amanhã. Talvez visitar algum parente ou quem sabe, apenas descansar em casa mesmo.

Ando tão cansado! O que farei nesse mundo? Qual será o meu destino? Terei a mesma sina de meus pais? Talvez morrer! Isso me parece oportuno... Meu coração dói. Sinto saudades. Medo! Mas que importa? Estou só! Infeliz. Mas quem importa, sou apenas mais um! Sinto a morte aproximando-se de mim, a casa dia mais perto.

Já não sonho mais, abandonei-os. Sonhos só são importantes quando podem ser realizados.

20h50min. Estou deitado no chão do apartamento. Olho fixamente para o teto. Sinto meu coração batendo acelerado, respiração ofegante. Tempestades de pensamentos conturbam minha mente. Sinto uma presença estranha. Um arrepio me sobe pela espinha. Meu corpo gelara. Demônios rodeavam-me, tomavam minha alma! Sentira meu espirito esvairando-se de meu corpo. Meu coração acelerou. Senti medo e num lampejo de desespero lutei por minha alma. Ordenei-os: vão embora! Deixem-me em paz!

Aliviei-me. Senti meu corpo relaxando e minha alma ficou em paz. Ainda não foram embora, ainda me rondam. Mas, sinto-me protegido agora.