Marginalização do conhecimento
Com o passar dos tempos, a mudança da visão de 'conhecimento' acaba por torná-lo inteiramente chulo e massacrante, exatamente pelo fato de pessoas verem-se obrigadas a possuí-lo, não pelo prazer de tê-lo, mas pela atribuição de necessidade dada pela sociedade.
Quando surgiu a filosofia e, por conseguinte, outros elementos de estudo originados das ideias de filósofos - como a química, física, matemática e outras ciências -, o povo possuía a visão da benignidade de possuir o conhecimento, não por necessidade, mas para enriquecer o ser, o que naturalmente modificou-se com o passar dos anos.
O período do Renascimento e do Iluminismo, séculos depois do surgimento de algumas ciências, podem ser tidos como exemplos da importância da criação de novos conceitos e do estudo para criação do conhecimento em uma sociedade e, logo, para o mundo. Afinal, a partir da criação de informações que se transformam em conhecimento, ocorrem atribuições de novos valores culturais a um povo, dando um impulso evolutivo à sociedade.
Torna-se óbvio que não era a sociedade em sua totalidade que possuía essa visão na época e é esse o fato que permite ressalva: com o passar do tempo, mais pessoas veem o conhecimento como algo supérfluo, ainda que seja um elemento de notabilidade social. Na atualidade, a maioria dos indivíduos preferem ter apenas um corpo escultural ou apenas uma cultura musical ampla, por exemplo, a terem um conhecimento amplo e rico.
Isso se dá, a meu ver, em primeiro lugar, pelo avanço dos meios de comunicação, que acabam por induzir massas de pessoas a tomarem por prioridade o bem-estar e o mercado do entretenimento. Em segundo lugar, destaco que a marginalização do conhecimento é ainda mais notável onde minimamente se estimula o desenvolvimento educacional. Ou seja, isso ocorre principalmente pelo fato de sociedade e liderança tomarem por menos importante elementos relacionados à racionalidade - pois apenas algumas pequenas parcelas de indivíduos reconhecem com sua devida importância.
E assim vemos que o papel da educação numa sociedade é inestimável, mas nem sempre tem a real importância que possui, pois as pessoas têm coisas mais importantes para empregar seus suados impulsos elétricos nas sinapses.