Ele vinha tentando elaborar alguns poemas já fazia  tempo. Parecia mentira, mas não conseguia realizar este intento ! Alguma coisa fenecera dentro dele. Torcia que fosse uma fase temporária, pois antes tinha a maior facilidade. Bastava pensar em algo romanesco e... Pimba! Chegava a ficar atarantado com a rapidez que iniciava e terminava uma poesia, mesmo que não fosse lá grande coisa. Mas era vapt vupt, num piscar de olhos.

Contudo, agora eles se fechavam para ver se a mente se concentrava e produzia algo aproveitável. Todavia, nada acontecia, eis que por mais que se esforçasse não conseguia sair da primeira linha, o seu limite máximo, e que representava uma barreira intransponível a qualquer tentativa que fizesse para superá-la. Como se fosse um atleta em péssimas condições físicas que não conseguia se classificar em nenhuma modalidade esportiva.

Tentara de tudo: música suave de fundo, leitura de textos poéticos e até mesmo rever algumas fotos antigas para ver se a nostalgia ajudava. Ledo engano, nada disso funcionava e só servia para que se desesperasse. Diante dessa triste constatação, só lhe restava republicar alguns textos com o propósito de marcar presença no site literário que frequentava, de forma que não ficasse muito tempo sem postar alguma coisa. As pessoas poderiam se habituar com essa ausência e aí mesmo é que não conseguiria mais vender o seu peixe, digo, livro.
Cronista
Enviado por Cronista em 14/07/2015
Reeditado em 14/07/2015
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