BASTA
BASTA
Por estas plagas, ou seriam pragas, vive-se oscilando entre a euforia e a misantropia, ambas terrivelmente danosas para a saúde pessoal e da nação. Calcados na cultura do estatismo autoritário e intervencionista, somos conduzidos do éden ao inferno, pelos salvadores da pátria de plantão ou, pelos arautos do caos a cada esquina. Não confiamos nas instituições, nos políticos, no governo, mas vivemos a implorar sua intervenção, em todas as questões que surgem, sejam econômicas, políticas ou sociais. Assim, meia dúzia de inexpressivos representantes resolvem a nossa vida, para o bem e para o mal. Enquanto não resolvermos assumir o papel que nos cabe, que é ter deveres próprios e com a sociedade, respeitar as leis, valorizar a educação caseira e formal, continuaremos ad infinitum escravos, servis e submissos, aos deuses de barro que fabricamos a cada sufrágio. Portanto, a missão não é fácil, mas não é impossível, basta começar a sair da zona de conforto, parando de responsabilizar o estado por todas as mazelas, tomando a rédea de nossa vida pessoal e participando responsavelmente no dia a dia, não deixando que a pior camada de nossa sociedade, ocupe os espaços que devem ser daqueles, que querem um lugar melhor para se viver.
Precisamos reproclamar a independência, abandonando o hábito de afastar-se com nojo da política. Contribuir com atos responsavelmente cotidianos, para que o estado seja e esteja a serviço da coletividade e não a serviço de uma casta de pessoas de segunda classe, que dizem preocupar-se com o seu, o meu, o nosso futuro, mas que enterram diariamente as nossas esperanças e gerações. Isso leva tempo, mas é mais do que chegada a hora de começar.