A HISTÓRICA SIMBOLOGIA DAS IMAGENS

Ultimamente nosso planeta passa por uma convulsão sócio-política e, pelo que contam os livros, parece que a História da humanidade sempre se repete, embora sempre nos venha algo repaginada.

História, por dedução própria, é como moda: observem, sempre volta... mas sempre traz um "detalhizinho" diferente que é para marcar sua presença única num determinado tempo dum elencado espaço.

Portanto, convém que sempre guardemos a História porque pode ela nos servir em algum momento lá na frente, nem que seja para se repensar, esperar e escrever sobre ela.

Escrevo, portanto, na intenção duma crônica, justamente para emitir uma sensação que tenho com co-participante do meu tempo, como mero ser anônimo, personagem também espectador e algo expectante pela História.

Começo pensando que: A HISTÓRIA COMTEMPORÂNEA ESTÁ DE DOER!

O ser humano, algo em constante transformação notória mas ilusória, seria o mesmo, se não fosse sua crescente deterioração em busca de prazer, dinheiro e poder.

A simbologia das imagens são múltiplas, e promovem um universo de interpretações.

Todas as misérias crescem em progressão geométrica alavancadas pela incompetência das falsas empatias.

Vários protagonistas da "política da paz" se levantam em nome do amor pelos seus semelhantes que jazem aos pés das suas políticas cada vez mais desiguais e ambiciosas, as que tiram de quem não tem para dar a quem vomita seus roubos dentre luxos e confortos que se erguem sob as corrupções sobre povos cada vez mais pobres; corpos de seus iguais, os que advêm das políticas drasticamente desiguais, tombam nas águas dos oceanos sob os "sóis das meias-noites" e apodrecem a céu aberto nos desertos áridos de todas as terras adubadas por falácias e descompromissos sócio-políticos verdadeiros.

Vozes em nome dos povos se levantam nos gabinetes do mundo, a brindarem com vinho de sangue o sucesso dos seus tronos ridículos e ineficazes.

As minorias são usadas, enganadas e humilhadas para manterem todos os reis cada vez mais nús de humanidade e respeito; e o mundo, mesmo sem necessariamente se voltar à História registrada, reaprende que desde que o "Homem é Homem" é preciso se manter as diferenças cada vez mais vivas para se reinar na discórdia planetária e se vender indulgências de vida terrenas e celestiais.

Gravatas pífias de batutas insanas sucumbem silenciosamente em meio à ética destronada de sentido moral e humanitário.

Religiosos e Chefes do planeta, andarilhos pela paz ecumênica que nunca se constata, dão-se as mãos dentre discursos humanitários que mesclam política com teologia e apenas resolvem os silêncios doloridos, os da esperança agonizante nos corações ingênuos que ainda ousam acreditar.

Então, alguém do povo, pelas avenidas dos descasos do mundo, se crucifica para gritar em nome da igualdade humana frente à violência disssemidada contra as tantas diferenças legítimas de cada um.

Nem todos entendem porque não é tão fácil se entender na obscuridade planejada.

Num minuto de auto-confinamento, outro alguém de senso artístico aprimorado esculpe, num toco de madeira seca de tudo, o seu sentimento dum Cristo crucificado em meio à " foice e um martelo".

Alguém e sperto e que acha que pode se apodera da imagem e a usa a bel prazer.

Cria-se um mal estar visível aos olhos do coração do mundo...que assiste com fé a todos os inusitados palanques da terra.

E em meios aos discutíveis e duvidosos poderes humanos, aqueles tantos e disseminados pelos cantos do planeta, os que acreditam dominarem a Terra e o Céu e cujos créditos lhes são outorgados pelo sofrimento do Homem, líderes iguais a todos os homens se defrontam entre pretensas honrarias mais uma vez, sob os olhos dum Cristo judiado todos os dias, dentre coroas, foices e martelos mundanos que se constroem em nome dos necessitados, meros símbolos tremulantes em tantas bandeiras a meio mastro; líderes que então se cumprimentam em nome da tão esperada Jutiça Social já então crucificada na História da humanidade...como alerta aos tantos que ainda seriam crucificados.

O mundo então espera, espera...pelo milagre prometido da "não crucificação".

Simbologiana História que nos fornece o amplo direito de pensar...ainda que seja silenciosamente, só com a dor dos "olhos do coração".

Poucos entendem porque nem sempre convém entender a dura simbologia das imagens artísticas verdadeiras...usadas com astúcias mundanas.

Enquanto isso, o planeta se cobre de mais um bocado do sangue vermelho escuro, o advindo da insanidade de todas as escusas ambições, a que nunca se cura. E as taças são brindadas sobre a cruz do todo restante.

É essa a triste simbologia da presente História do meu mundo...