Toilets Masculinos, eis a questão!

É visível, a naturalidade que duas mulheres vão ao toilet juntas. Rindo na ida, gargalhando na volta. Devidamente compreendido, que como boas observadoras, aproveitem o intervalo requerido pelo corpo, para uma analise e estatística de todos os acontecimentos ocorridos no evento até então, como: roupas, gafes, homens e principalmente, outras mulheres etc...

Mas o universo masculino, segue um mistério, mas talvez, o Mr. M ou Freud expliquem.

Apenas como uma hipótese antropológica, já que seria inviável na realidade, imaginemos que dois amigos se encontrassem próximos a porta do toilet. (Já que nunca desde os Homo Sapiens, homens iriam juntos). Há exatamente 1 metro da porta, amigos de nascença se tornam inimigos mortais ou meros desconhecidos. Aliás mais do que isso, o homem assume seu lado ancestral e primitivo. Se restringe a ruídos, uma postura ofensiva e olhares fulminantes como quem delimita espaços...Neste instante, não há etiquetas.. Não existe "bom dia", "licença", etc.. É como se todos fossem surdos, cegos e mudos. Ninguém mais, além dele mesmo, existe. Rapidamente, ocupa o primeiro lugar vazio existente e se estiver muito cheio, disfarçará com o celular ou vendo algo invisível no espelho para justificar sua permanência no recinto.

O banheiro masculino reproduz gerações de evolução... Tudo é devidamente "marcado" e a higiene não é das melhores para lembrar sempre: "cuidado! Ambiente hostil!"

Já que a comunicação ali é inexistente, se dá por meio dos fenômenos químicos e sensoriais.

O cheiro é insuportável, o que reforça a necessidade de prender a respiração e não usar palavras desnecessárias.

O tempo é devidamente cronometrado para que não se demore nenhum segundo além.

Enfim com a necessidade fisiológica atendida, o homem estufa o peito e sai dali.

Exatamente 1 metro depois, já fora da influência sanitária, ele reassume sua personalidade. Esquecendo deliberadamente qualquer memória dos instantes pregressos. Reencontra o tal amigo, dá um tapa nas costas e agora tranquilamente diz: "quanto tempo cara"! Assim finalizando o ritual desconhecido do universo masculino e o código de honra de jamais comentar o período ali vivenciado.

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 10/07/2015
Código do texto: T5306428
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