D O M I N I Q U E (II)
Da série:Crônicas do cotidiano
23/09/2009
Manhã de domingo, o sol ainda não deu o ar de sua graça apesar de alguns rasgos de céu insinuarem-se na promessa de uma tarde ensolarada.
Não consigo permanecer por muito tempo na cama.Aquela estranha sensação de que algo precisa ser feito retira-me do leito por volta das sete da manhã, seeempre!
(Coisas de hiperativo não tratado,segundo minha esposa)
E foi a dita sensação que levou-me a preparar o almoço para essa gente dorminhoca aqui de casa.Uma comidinha básica,muito manjericão para dar o toque daqueles almoços do tempo, adormecidos na cozinha da memória.
Tudo pronto,restou-me a faina de vasculhar gavetas.(gosto disso).
O reencontro com quinquilharias já quase esquecidas é algo fantástico!
E como se fora minha sina, cumprindo-se, ei-lo!...
Num cantinho entre algumas bugigangas.
"Dominique",aquele!...
De tantos anos atrás,de lembranças tantas, de alegrias e ingenuidades que arquivaram-se nos porões da existência.
Nem vou dizer aqui daqueles "Dominiques, niques, niques..." cantarolados em vozes esganiçadas nas escadarias do colégio Sagrado Coração, sob a regência (ligeiramente escandalosa) da Irmã Maria Cristina, sob olhares atentos e quase maternais de Madre Placidina.
Não vou falar daqueles "Dominiques, niques, niques..." cantarolados em alegres brincadeiras pelos barrancos das estradinhas que levavam ao vilarejo de Guti.
Não vou citar aqui, dos tantos "Dominiques, niques, niques..." entoadas num coral desajustado dentro do carro à caminho das cachoeiras de Rio Azul.
Meu filho, criança ainda, um grupo de outras crianças, seus amigos, e nós , seus pais feito moleques eufóricos, a cantarolar em tardes alegres de sóis e céus inesquecíveis.
Nem vou dizer aqui deste ligeiro travo que me faz refém de lembranças, belas o bastante, para que eu retome um tempo de descontração, de energias intensas , de simplicidade, que preservo no peito como tesouro valioso nestes dias de tamanhas incertezas e inseguranças.
Maaasss!...Apesar de tudo, a vida ainda é muito bela.Há um domingo lindo descortinando-se à minha frente e sempre poderá ser um bom momento para extravasar num "Dominique!...nique...nique..."(Ainda que a idade me constranja rsrs...
Clic no link abaixo para matar saudades:
https://www.youtube.com/watch?v=bU3sgD0fnns
Joel Gomes Teixeira
Da série:Crônicas do cotidiano
23/09/2009
Manhã de domingo, o sol ainda não deu o ar de sua graça apesar de alguns rasgos de céu insinuarem-se na promessa de uma tarde ensolarada.
Não consigo permanecer por muito tempo na cama.Aquela estranha sensação de que algo precisa ser feito retira-me do leito por volta das sete da manhã, seeempre!
(Coisas de hiperativo não tratado,segundo minha esposa)
E foi a dita sensação que levou-me a preparar o almoço para essa gente dorminhoca aqui de casa.Uma comidinha básica,muito manjericão para dar o toque daqueles almoços do tempo, adormecidos na cozinha da memória.
Tudo pronto,restou-me a faina de vasculhar gavetas.(gosto disso).
O reencontro com quinquilharias já quase esquecidas é algo fantástico!
E como se fora minha sina, cumprindo-se, ei-lo!...
Num cantinho entre algumas bugigangas.
"Dominique",aquele!...
De tantos anos atrás,de lembranças tantas, de alegrias e ingenuidades que arquivaram-se nos porões da existência.
Nem vou dizer aqui daqueles "Dominiques, niques, niques..." cantarolados em vozes esganiçadas nas escadarias do colégio Sagrado Coração, sob a regência (ligeiramente escandalosa) da Irmã Maria Cristina, sob olhares atentos e quase maternais de Madre Placidina.
Não vou falar daqueles "Dominiques, niques, niques..." cantarolados em alegres brincadeiras pelos barrancos das estradinhas que levavam ao vilarejo de Guti.
Não vou citar aqui, dos tantos "Dominiques, niques, niques..." entoadas num coral desajustado dentro do carro à caminho das cachoeiras de Rio Azul.
Meu filho, criança ainda, um grupo de outras crianças, seus amigos, e nós , seus pais feito moleques eufóricos, a cantarolar em tardes alegres de sóis e céus inesquecíveis.
Nem vou dizer aqui deste ligeiro travo que me faz refém de lembranças, belas o bastante, para que eu retome um tempo de descontração, de energias intensas , de simplicidade, que preservo no peito como tesouro valioso nestes dias de tamanhas incertezas e inseguranças.
Maaasss!...Apesar de tudo, a vida ainda é muito bela.Há um domingo lindo descortinando-se à minha frente e sempre poderá ser um bom momento para extravasar num "Dominique!...nique...nique..."(Ainda que a idade me constranja rsrs...
Clic no link abaixo para matar saudades:
https://www.youtube.com/watch?v=bU3sgD0fnns
Joel Gomes Teixeira