BRASIL, a GRÉCIA DE AMANHÃ
Durval Carvalhal
Um estado se assemelha a uma grande empresa, que tem que respeitar os ditames da microeconomia, em nome da sua própria sobrevivência. Se um empresário despreza a boa gestão, a eficiência, a produtividade, a lei dos rendimentos decrescentes, vai beber água na torneira do diabo.
A Grécia gastou mais do que o que arrecadou; quer dizer, foi como um pai de família que gastava além da sua renda disponível. Resultado: teve que rebaixar seu nível de vida, fazendo cortes nos gastos públicos, aumento de impostos e reforma no sistema de previdência e no mercado de trabalho.
O Brasil, dirigido de forma irresponsável e incompetente, vai pelo mesmo caminho para ser, amanhã, o que a Grécia é hoje. A começar pelo ajuste fiscal, que só penaliza trabalhadores, aposentados e viúvos. O próprio Luís Inácio Lula da Silva reconheceu que o governo está no “volume morto”.
Um estado inchado é ineficiente, infringe a Lei dos Rendimentos Decrescentes e o resultado é contraproducente. Afinal de contas, uma tarefa que possa ser bem executada por 100 pessoas, não deve ser executada por 700 funcionários. Não precisa entender nada de economia para se perceber que se trata de uma doidice.
Como a ideologia desconhece essa verdade cientifica, o Brasil já está no salão de embarque pronto para viajar para o inferno.
Como diziam os mais velhos, sabiamente: “Quem come e guarda, come duas vezes”.