FOTOS, ANTIGAS...
Recebemos e-mail de uma filha, retransmitindo de um que ela havia recebido de um sobrinho nosso que mora no extremo sul do país, talvez nos mandasse diretamente a nos, se soubesse o nosso endereço eletrônico, pois os idosos também estão entrando nos princípios básicos da inclusão digital.
Voltando as fotos, antes de torná-las visíveis, pensei tratar-se ligado à nossa família, quem não as tem? Para nossa surpresa, não era ligada a nos, mas, a nossa “Família Universal”.
A coletânea das fotos em preto e branco era na grande maioria de pessoas anônimas, retratando o cotidiano de suas vidas. Quanto às datas se prendiam aos primeiros anos de 1900, apenas três fotos eram de personagens conhecidos; um ator de cinema, um diretor, e a família Romanoff, ele, Nicolau II, último Tsar da Rússia, sua esposa e um filho.
Entre as quarenta e oito fotos, a primeira nos chamou atenção; foi o retrato de centenas de soldados Russos, para que fosse possível focalizar centenas de fisionomias, foi escolhido um terreno em declive, com poucas árvores, que facilitou o ângulo da foto para que todos aparecessem; a frente dos primeiros colocados se destaca, deitado um enorme cão, quem seria seu dono?
A fotografia retratava alguns dos participantes da Primeira Guerra Mundial; estariam indo para o front, ou estariam voltando?
Ao olhar as centenas de rostos, agrupados momentaneamente onde breve seguiriam seus destinos. Com certeza, eles amaram, tinham família, tinham sonhos pessoais, interrompidos com as atitudes de poucos, que deliberam que a guerra era o único caminho para encontrar soluções, para os problemas existências que envolvem as nações. Muitos não retornaram ao seu país, os que voltaram enfrentaram novos conflitos internos, mudanças políticas, que fazem parte da recente história da Rússia.
As revoluções justificam a perda de vidas, alegando que é para iniciar uma nova era de paz e prosperidade.
Setenta anos se passaram, muitas atrocidades foram cometidas, dentre elas ficou marcada a execução, do último Tsar da Rússia, Nicolau II, (18/05/l868 – 17/07/1918).
Ele, esposa e toda sua família foram executadas, para apagar os privilégios e começar uma “nova era”.
Baseado numa doutrina, em que o ser humano tem uma vida tão somente, onde sugeria o mito de uma sociedade igualitária, não levando em conta que cada um traz o resultado de inúmeras vivências, ate mesmo, que estes renascimentos, não se da no mesmo país; pois somos uma “Família Universal”; nossas fronteiras de conhecimentos precisam constantemente ser dilatadas e experiências que somam o engrandecimento do ser, nas aquisições imorredouras do espírito, nas “Asas da Sabedoria e do Amor.”.
Com queda do muro de Berlin, em 1989, se confirmou que estes paradigmas, não poderiam ser mantidos por mais tempo, o ser humano anseia por liberdade, cada um traz dentro de si um longo aprendizado, que não é tão somente fruto desta vida, mas de outras que se perdem na noite dos tempos...
Curitiba, 30 de agosto de 2009- Reflexões do Cotidiano - Saul
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