GRÉCIA, A BOLA DA VEZ

A opinião quase unanime, pelo que se lê na grande mídia, é que a Grécia vai quebrar, caso não pague pontualmente a dívida e plebiscito respalde essa decisão. Se não for subserviente com os países ricos da zona do euro, acaba porque eles tomarão as medidas de represália e esmagarão o povo grego.

Como a mídia é completamente subserviente ao grande capital, faz o que eles mandam, rebolando a bundinha, muita gente fica pensando que a Grécia é uma espécie de Haiti, um pobre país subdesenvolvido, atrasado e com uma história chifrin, tipo república bananas. Certo? Errado. A Grécia é o berço da civilização, foi quem inventou, por exemplo, a democracia, é o país dos grandes filósofos, dos mais pensaores do mundo em todos os tempos.

É certo que ela não acompanhou o desenvolvimento de outros países europeus, não fez aquele tipo de dever de casa imprimido pelo capitalismo. Mas a Grécia sempre foi - e é - um país importante. Sem a Grécia a história fica pela metade. O seu goverrno, um governo independente que não cospe no prato que comeu e nem come no prato que cuspiu, umm governo de esquerda de verdade, resolveu questionar a dívida com os países ricos, em vez de sacrificar o povo, quer tomar outro caminho. E tomou uma decisão drástica colocar as exigências dos credores para que o povo decida nas urnas, se segue a cartilha dos credores ou não. A decisão está com o povo. Nada mais democrático. Mas isso irrita os países ricos porque eles vão sofrer o tranco, vão ter que socializar os prejuízos, reduzir os lucros. Eis o x da chiadeira. A Grécia anteriormente exigiu da Alemanha a indenização pelos males causados ao país pela invasão nazista, afirma também que não pode sacrificar as novas gerações em nome de uma dívida questionável, que é preciso uma espécie de acerto que leve em conta os danos sociais gerados por essa dívida que cobra juros exorbitantes.

Não sei o que vai acontecer, as tenho curiosidade e, mais que curiosidade, torço pela Grécia. Que se dane a zona do euro que quer viver a custa do sacrifício dos mais pobres.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/07/2015
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