Mensagens que edificam - 68

A influência das palavras em nossa vida pode ser medida na intensidade do nosso relacionamento com o que ouvimos, falamos e escrevemos. As palavras ouvidas estão no primeiro estágio do nosso envolvimento com a comunicação. Segundo pesquisas científicas, ainda no útero, o ser humano enquanto feto já pode ser afetado por aquilo que ouve. Depois, na primeira infância, a capacidade de intervenção das palavras no comportamento da criança é potencializado mesmo que esta ainda não fale, o que chega ao seu limite nos sete anos de idade quando o que é dito ao infanto poderá determinar os traços do seu caráter por toda a vida. Em segundo plano vem o momento em que conseguimos traduzir foneticamente o que queremos, o que sentimos e o que pensamos. Neste instante fica estabelecido que temos poder de escolha, voz ativa que determina nosso espaço de domínio e a evidência de que precisamos ser vistos e respeitados ainda que não tenhamos maturidade. Ouvir e falar estabecem o nosso poder cognitivo com o meio em que vivemos e nos dá o passo inicial para algo que selará o motivo pelo qual viemos e quem somos. Dentro dos parâmetros da comunicabilidade tudo chega à uma dimensão ainda maior, ou quem sabe, o teto das manifestações de convívio, quando conseguimos traduzir em escrita a nossa impressão de satisfação, a possibilidade de sabermos em expressão grafada trasmitir algo que poderá alcançar quem está à nossa volta, quem está distante e ainda mais, perpetuar as nossas ideias para gerações vindouras. A história traduzida em livros é a prova mais viva do potencial e da importância da comunicação escrita. Se troxermos isso para o mundo tecnológico os efeitos são ainda maiores. O evento da internet faz com que em tempo real a nossa relação e interação com o mundo aconteça simultaneamente: Ouvimos, falamos e escrevemos, e assim selamos o nosso pacto de convivência com a comunicação. Hoje, ou porque não dizer, neste momento, as palavras podem estar fazendo toda a diferença no seu estilo de vida. Inevitavelmente você é o que você expressa por intuição e por influência. Você pode induzir alguém, assim como alguém pode seduzi-lo. O que você tem ouvido? O que você tem falado? E em outros casos, o que você tem escrito? Não adianta fugir, tentar se esquivar é inútil e negar ainda mais incoerente, mas somos produto da nossa interatividade com o mundo das palavras, por isso é importante saber interpretar o momento de ouvir, de falar ou se calar, e o momento de escrever e de guardar a caneta, ou ignorar o teclado.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 02/07/2015
Reeditado em 02/07/2015
Código do texto: T5297657
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