No mato ..mas com cachorro

   Há muito verde à  minha volta. Nã posso dizer que não respiro um ar puro. Mas tanta a quietude,  que chega a me incomodar. Viver no mato me deixa triste e até preocupada. Afinal de contas, não só passarinhos entoam seus belos cantos nessas adjacências, sapos coaxam e cobras vez por  outra rastejam no local.
   De vez em quando um transeunte apressadamente passa por aqui como se tivesse medo de assombração. Vai ver que a assombração sou eu. Santo Deus, protegei-me! mas minhas doces criaturinhas estão aqui... Au..au.. e  me reverenciam com seus lambidos doces e cheios de amor. Nem me atrevo a pensar,esqueço a quietude e alegro-me como criança que começa a dar os primeiros passos. Brinco com Mel e Vilminha, minhas companheirinhas inseparáveis, minhas cadelas amigas que nasceram para me alegrar.
  Vai chover. Começa a trovejar. Elas correm em minha direção para pedir socorro. A relva fica molhada e brilhante, e elas assustads me procuram para pedir aconchego. Estamos amedrontads e não avistamos ninguém mais. Só o vento forte sopra em nossos ouvidos e a chuva molha mais ainda o mato.  Só barulho de trovões. Mas já diz o ditado que depois da tempestade vem a bonança. Ela há de chegar. Há de trazer de volta encantamentos para esse mato que abriga seres,mas vou embora asim que a chuva passar. Não sou despojada. Este verde já começa a me incomodar. Que me perdoem os ambientalistas, mas vou embora, assim que a chuva pasar.
 

 
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 25/06/2015
Reeditado em 25/06/2015
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