E SE FOSSE VOCÊ?

É provável que você já tivesse, ou tem no seio de sua própria família, na condição de laços consanguíneos ou na condição de esposa (o) ou parente em que a convivência exige permanente renúncia pessoal, dedicação e doação ininterrupta para ajudar sempre; não é em função da idade, escolaridade ou do financeiro, já há neles uma tendência a imobilidade, o forte desejo de não fazer nada, como se fosse possível “anestesiar” a própria consciência eterna, em absoluto e permanente marasmo; desinteresse por tudo, mas ao mesmo tempo desenvolvem uma acentuada carência afetiva, para não ficarem só, para conversar.

Como para provar que eu existo, e estou aqui, em que a pessoa envolvida tem que doar-se em afeto, atenção, se constituindo em síntese o amor na sua extensão maior, - dar um novo ânimo, mesmo que este situação não dure muito, para que saia deste estado de espírito, em que a ciência denomina depressão na complexidade de seus sintomas...

Quais as causas? São os “mistérios” da alma humana, ao longo de suas vivências, experiências de outras vidas; em que, talvez, os relacionamentos, casamento, família em que a convivência não foi edificante e construtiva, refletindo nos “arquivos da alma”, como situações não resolvidas e permanecem no íntimo em constantes conflitos existências; os avanços da medicina na área da psiquiatria e neurologia, ajudam com a permanente medicação, que atenuam os sintomas, com o contínuo uso e muitas vezes a troca para outros novos medicamentos, todavia, não dão a solução definitiva ao quadro clínico esboçado...

Que fazer? Se, Deus nos colocou alguém para evidenciar estes melindres da alma e se estamos em condição de ajudar, que façamos diuturnamente e se fossemos nós? Seria muito importante ter a mão amiga, a palavra carinhosa para dar ânimo novo; há alguém que anseia para “apagar” sua própria consciência em busca do “nada”, em que sabemos que isto é impossível, eliminá-la, pois foi “construída”, ao longo de milhões de anos, nas incontáveis noites dos tempos; nos primórdios de nossa evolução: no mineral, no vegetal e no reino animal...

Não estamos ali, ao lado por acaso, até que ponto tivemos alguma “participação”, na somatória do quadro hora apresentado? A nós no momento compete tão somente ajudar mais, sem esmorecimento, isto exige constante renúncia pessoal; quantas vezes já fomos induzidos a abandonar tudo? Porém, no âmago de nossa consciência eterna, ela diz não!

É preciso amar mais, doar-se mais, na certeza que não existe acaso e males eternos; um dia haverá a “cura”, destes males da alma, recomeçando livres; semelhantes a um “pássaro ferido”, que após a “cicatrização” levanta definitivo voo, em busca da perene felicidade, que por um longo período precisou do amparo de alguém que se predispôs a ajudar, se doando para que houvesse a superação e ao mesmo tempo nos sentiremos “libertos”, por termos feito àquilo que não poderia ser por outro; estávamos-nos ali, não por acaso, mas por compromissos assumidos, em face de alguma participação, guardados no recôndito de nossa alma eterna...

O importante não é saber por quê; mas sim, ajudar sempre...

Curitiba, 10 de agosto de 2.011 Reflexões do Cotidiano, - Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 25/06/2015
Reeditado em 25/06/2015
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