Reis do Recanto (63)
Coelho, Potêncio, Pena, Santos e Alves. Linha de ataque do Santos dos anos sessenta? Não, pois aquele quinteto de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe vivia infernizando a vida dos adversários e, para recantista, duvido que essa palavra exista. Mas há coisas que suscitam uma comparação, como por exemplo a prolixidade de pontos, leituras por um lado, e gols e encantamento por outro.
Mas alguém dirá que aquele Santos prodigioso foi além de uma década e o placar recantista é efêmero, de duração máxima de uma semana. E aí, no entanto, nesse dinamismo todo, mudando de forma na velocidade de uma nuvem é que pode estar a maior virtude do placar do Recanto.
O que dá a nós todos, que havemos de ser dezenas de milhares de escrevinhadores a esperança de, com a perseverança e determinação de um Magrão do Planalto, de um dia chegar a esse ponto tão alto que ora exalto. Incauto? Bem, é esse sinuoso mas sedutor caminho, sem asfalto, que pauto.
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