A PEDAGOGIA DO CONFRONTO

Recentemente a movimentação dos professores do Estado de São Paulo encerrou, de forma melancólica pelos nulos resultados, porém combativa na demonstração de sua força e união, que durou longos 93 dias de descaso governamental às reivindicações salariais e por melhorias nas condições de trabalho. O governo Alckimin, aliás, vem impondo uma quebra de braço com seu funcionalismo, vejamos o ocorrido com os grevistas do Metrô paulista, seu revanchismo persistente, mesmo encerrada a greve, contra os ativistas, derrubando liminares de reintegração ao trabalho, ferindo o legítimo direito de greve, árdua reconquista da democracia. Talvez se explique a rápida paralisação dos ferroviários da CPTM, encerrada em menos de 24 horas, e aquém das pretendidas reivindicações dos trabalhadores. Ver, cotidianamente, os professores em marcha da av paulista até a secretaria da educação, na praça da república, sob sol e chuvas, era uma demonstração inequívoca de que Educação ainda em nosso País não é artigo de primeira necessidade. As aulas serão repostas para salvarem o ano letivo, atingido por mais de 3 meses de paralisia. O cansaço, antes figurando como um cínica vitória do patrão contra os mestres e mestras, numa verdadeira demonstração de descaso e arrogância de quem pretende ser o candidato a mandatário da Nação, pelo PSDB, nas eleições de 2018. Ou seja, a mostra do que ocorre no Estado mais rico da federação poderá vir a ser a prática nacionalmente praticada no futuro, que o diga os professores paranaenses lesados em seus direitos e apanhando em praça pública, revoltando o mundo todo. Coincidência, ou não, ambos governadores são aves do mesmo puleiro.