Nem mesmo as mães....
Quando Maria viu sua filha triste quis saber logo o porquê e, ao saber que ela havia sido deixada pelo namorado, sentiu raiva dele, depois sentiu pena da filha, sabia que era muito ruim gostar de alguém e ser deixada por esse alguém.
Pensou nas vezes que ela (Maria) fora deixada na juventude. Lembrou-se das “fossas”, das músicas que ouvia se sentindo a pessoa mais só e mais triste do mundo, mas lembrou de também que tudo aquilo pelo qual passara na juventude havia servido de aprendizado e bagagem para a vida.
Servira para que ela crescesse a se tornasse uma pessoa mais dura, mas acima de tudo uma pessoa que entendia que ninguém é de ninguém TODOS tem livre arbítrio para ir ou para ficar, mas no momento quem sofria por desamor era sua filha e sentiu raiva do ex-genro, ao mesmo tempo desejou poder pegar ele, embrulhar e dar de presente para sua filha (desde que isso a fizesse feliz).
Não dá para dar conselho, então sentiu vontade de abraçar a filha fortemente e chorar com ela, contudo nada fez, olhou-a chorar e saiu devagarinho deixando-a com a própria dor, afinal não dá para amadurecer no lugar dos filhos, esse é um processo pelo qual cada um de nós têm que passar e ninguém pode passar por nós, nem mesmo as mães....