Disparidade!

Hoje eu vinha do trabalho pensando...

Ninguém precisa morrer de comer, basta comer para viver.

Não precisamos de muito para ser gentis com alguém. Um apenas segurar na porta do elevador ou sorrir com um bom dia já melhora o dia de alguém!

Tenho feito essas coisinhas que estão me ajudando a ser alguém melhor, e do inverso experimentado um muito mais de bom das pessoas. É simplesmente incrível como o ser bom naturalmente, volta essa bondade para você!

Vinha pensando nisso e me lembrando quem começou essa corrente de bondade em mim...

Foi ele.

Aquele que sempre que chamo pra sair ele diz não.

Que por mais que eu ria com alguma risada engraçada, não é mais gostosa que a dele. Mesmo parecendo um ataque de asma com uma boca enorme aberta, e sem fazer barulho algum. Risos! (Sharirô! Sharirô!)

Ele que lê minha entre linhas, que entende minha ironia e ri comigo dos meus sarcasmos!

Que não tem os comprimentos mais carinhosos comigo, mas sabe ser romântico na hora certa.

Que quando acontece uma cena engraçada a primeira pessoa que olha sorrindo é para mim, pois sabe que já vou tá rindo! Risos!

Que joga comigo os desafios mentais que adoro, que não é direto e também me ensinou a não ser.

A deixar um mistério e suspense no ar.

(Gente como é difícil conversar com quem não entende você. Quem imagina amar! QUASE impossível.)

Que sabe exatamente como me achar e saber o que estou sentindo quando sumo.

Que de minhas letras é prisioneiro com a chave da cela em suas mãos.

Agora vou te ser sincera o outro também gosta de blues, é divertido carinhoso e está me descobrindo a cada dia.

Lembra do meu temperamento anterior e se admira por eu ter mudado e isso o cativa mais ainda.

Diz que o "Consolador" é seu aliado, e me guardará quando ele estiver longe.

Que sabe que meu coração não é dele, mas mesmo assim quer tentar.

E eu?

Porque não tentar depois da minha espera?

Mas...

Dessa vez vou esquecer o suave agudo da minha voz?

(PS.: Enquanto um lê isso e entende que tô falando que minha voz é aguda e suave e tô querendo mudá-la, o outro saberá que estou falando é dele.)

Agora entende a disparidade?

Será que terei paciência de desenhar meus pensamentos orais todos os dias? Risos!

Mas as vezes precisamos jogar a toalha, entregar a faixa...

Acho que sou eu que não saio do muro e desocupo a moita.

Precisamos aceitar quando chega a hora exata de termos que desistir.

Oportunidades estranhas e nem tão completas podem virar completude com o tempo.

E as coisas mesmo sublimes se não saem do sonho, da platonice...

Não vale a pena!

Judy Cavalcante
Enviado por Judy Cavalcante em 23/06/2015
Reeditado em 24/06/2015
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