CRIANÇAS PRECOCES...

Recebo um e-mail de um amigo, com imagens vivas de uma apresentação de uma menina Norte Coreana de apenas 5 anos, tocando magistralmente um instrumento, - um violão. - em que o tamanho natural não “combina” com as pequenas mãos, que no conjunto é visível a desproporção dela com instrumento; isto, porém, não se constitui em obstáculo, executa a música com desenvoltura, associado à expressão corporal, numa simetria que faria “inveja” aos adultos que possuem domínio deste instrumento, após longos anos de dedicação e estudos, para que finalmente pudessem se apresentar ao público, pois estariam preparados para isto...

Não é raro o aparecimento de “crianças precoces” e terem destaque em praticamente em todas as áreas das atividades humanas; para a grande maioria é necessário parte de uma vida de dedicação, com permanentes estudos de aprimoramentos para que, finalmente se atingir as condições ideais, e partir daí terem plenas condições de exercerem suas atividades, naquilo que escolheram em tenra idade...

Contrariando esta sequência deste longo aprendizado, há muitas crianças que fogem desta regra, trazem dentro de si “um dom nato”; são chamadas de crianças precoces ou superdotadas, contrariando os procedimentos comuns, pois em tenra idade executam atividades que somente poderiam ser realizadas após anos de dedicação...

Há própria ciência, dentro de suas próprias limitações; se divide para decifrar estes enigmas; os “dons natos” seria em função da hereditariedade, cujo DNA se transmite ao longo das gerações e poderá eclodir numa criança “superdotada” de hoje, com qualidades que somente apareceriam na faze adulta, após um longo período de preparo e constante dedicação...

Muitos pesquisadores persistem com esta linha de pensamento; não aceita a alternativa, que as “diferenças”, que estas crianças apresentam, são em função de vivências, experiências de cada um, ao longo de muitas reencarnações; - em outra vida. - nas quais houve naquela época, o início deste aprendizado; que poderá ter sido: nos instrumentos musicais, nas artes em geral; nos diversos seguimentos da ciência, e por uma dádiva Divina; há vivas lembranças e se manifestam nesta atual existência, em crianças com poucos anos, causando espanto e admiração aos que vêem, mas que na realidade foram conquistas realizadas e aprimoradas em outras vidas, de um passado recente ou distante e foram sendo “armazenados”, nos arquivos da alma e por permissão de nosso Criador, permite, - para alguns. - que isto aconteça; para que desse modo, haja um maior dispertamento as realidades do espírito...

Acreditamos que esta segunda alternativa, é mais razoável e justa, e expressam a equidade das Leis do Supremo Criador; todos são iguais perante as Suas Leis; as “diferenças” são as conquistas individuais de cada um, que poderão não se restringir a esta vida, mas ao longo de outras vivência e experiências, que poderá se manifestar e se fazerem presentes hoje!

Porém, para grande maioria isto não acontece, - para o nosso próprio bem. -

Pois se assim o fosse, teríamos a tendência de reprisar as mesmas experiências de aprendizado, que usufruímos numa outra existência; Deus, na sua Magnânima Sabedoria, nos oferece as oportunidades de aprimoramentos e aprendizado, que não devem ficar restrita a uma atividade tão somente, pois a evolução no campo moral e intelectual agrega inúmeros setores, todos importantes na soma da evolução de cada um; quando, finalmente um dia poderemos ser considerados “cidadãos do Universo”, consoantes àquilo que Jesus em tempo nos alertara: “Vos sois deuses, e um dia podereis fazer o que faço e muito mais”...

Antes de encerrar nossas Reflexões do Cotidiano de hoje, vamos mencionar três famosos músicos conhecidos e reverenciados mundialmente pelo acervo de suas criações musicais, em que, já nos primeiros anos de sua infância deram sinais evidentes que traziam dentro de si os caracteres fora do comum, evidenciando e comprovando, com certeza que traziam “bagagens” de outras vidas, e que se manifestaram nesta com maior intensidade...

Frederico Chopin nasceu em 1810 e o desenlace de se deu 1849, portanto viveu naquela existência terrena somente 39 anos...

“Com efeito, mostrou desde a mais tenra idade sua vocação e aptidões musicais.” *

Wolfgang Amadeu Mozart nasceu em 1756 e o seu falecimento se deu em 1791 nesta sua nova existência terrena viveu tão somente 35 anos...

“Revelou este na mesma infância um gênio surpreendente ativo; entregava-se aos estudos com arrebatamento ardor que os demais meninos empregam nas brincadeiras;” *

Frans (Peter) Schubert nasceu em 1797 teve o seu desenlace em 1828, portanto esteve entre nós tão somente 31 anos...

“Jamais existiu outrem com mais carisma para a música do que aquele que tinha apenas 3 anos”...

“Maestro Miguel Holzes, que dirigia o coro de Lichtenhal. Este me assegura mais de uma vez, com lágrimas nos olhos, que jamais tinha um aluno semelhante. Quando eu queria ensinar-lhe algo de novo, ele me assegurava que já sabia. De tal maneira que eu, na realidade, não hei dado um verdadeiro encino, somente me deleitava com ele e o admirava em silêncio.” *

E por último não poderíamos deixar de mencionar o Capítulo IV de O Livro dos Espíritos; (cuja primeira edição foi publicada em Paris, França no dia 18 abril de 1857, portanto neste ano fará 154 anos; apesar de mais de século e meio; as perguntas feitas por Allan Kardec e as respostas que foram obtidas; não deixam de serem atuais mesmo transcorridos estes longos período...)

O Capítulo que mencionamos tem o título de Pluralidade das Existências; iremos mencionar tão somente a pergunta número 218: (Idéias Inatas.)

P.- O espírito encarnado conserva algum traço das percepções que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas suas existências anteriores?

R.- Resta-lhe uma vaga lembrança que lhe dá o que se chamais de idéias inatas.

Kardec complementa:

- A teoria das ideais inatas não é, pois uma quimera?

- R. Não, os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem. Libertado da matéria, o Espírito os conserva. Durante a encarnação, ele pode esquecê-los em parte momentaneamente, mas a intuição que deles guarda ajuda o seu adiantamento. Sem isso, deveria sempre recomeçar. O Espírito parte, em cada nova existência, do ponto em que chegou na existência anterior.

Kardec complementa a mesma pergunta.

P. - Deve haver, sim, uma grande conexão entre duas existências sucessivas?

R.- Nem sempre tão grande como poderias supor, porque as posições, frequentemente, são bem diferentes e, no intervalo, o Espírito pode ter progredido(216).

* as datas foram compiladas da Obra Titãs da Música volume 1 bem como o que estiver entre “aspas”.

Esperamos ter acrescentado algo de bom aos nossos prezados leitores.

Curitiba, 5 de fevereiro de 2011-Reflexões do Cotidiano-Saul

http://mensagensdiversificadas.zip.net

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 23/06/2015
Código do texto: T5286638
Classificação de conteúdo: seguro