Imagem: arquivo pessoal


 
Uma Rosa com Amor
 

Era assim o nome de uma antiga novela “Uma rosa com amor”. Mas na vida real também existem rosas que são dadas com amor. Ontem, no dia do meu níver ganhei uma destas. Posso garantir: é muito diferente!

Foi diferente. Diferente por que não foi uma rosa comercial, destas lindas, maravilhosas que a gente compra nas floriculturas. Diferente porque não foi entregue por um destes entregadores de flores que cumprem ordens e “caçam” endereços. Diferente porque ela não custou nem um tostão.

Tocaram no portão. E quando atendi era minha mãe. Ela que quase não vai à casa dos filhos (porque os filhos não saem da casa dela rs) chegou de surpresa.  Ganhei a rosa, um bom abraço de mãe e os parabéns! Coisa boa, tão natural, tão coisa de mãe. Então como não amar essa rosa com tudo que ela me trouxe no meu dia especial? Amei, logo de cara e, já levando-a para o jarrinho, ali pretendo deixá-la arrefecer, pouco a pouco, seu vigor. E provavelmente, depois de seca, irá morar dentro de algum livro querido cujas páginas já esperam por ela. Coisas tão simples estes tesouros de amor! São essenciais à vida.

Uma rosa com amor, cor-de rosa, em formato antigo. Rosa colhida em quintal, à porta da cozinha, de onde ao se apreciar um bom cafezinho com pão de queijo saído do forno, se pode vislumbrar roseiras em flor. Em modelos de antigamente, preservados a todo custo, ao longo dos anos, das histórias de vida. Canteiros de simpatia, regados a carinho e olhares maternos. A vida tem essas coisas bonitas. Só precisamos saber com que olhar encontrá-las. Eu ainda tento, em tempos de tanta  coisa esquisita, conservar meu olhar sobre as coisas puras e de significado tão amplo.

Ah, receber uma rosa cor-de-rosa, colhida em quintal, das mãos de minha mãe, é uma coisa tão pura, com significado tão amplo... Só eu sei. Que feliz aniversário, o meu!!