"ENVÓLUCRO" E "CONTEÚDO"...

Diariamente ao buscar acesso ao nosso provedor da Internet, aparecem imagens enaltecendo suas aparências, pelos “trajes” mínimos estampados, parecem que elas têm o privilégio de viveram em locais de “eterno” verão; com repetidos elogios: fulana mantém este “corpão”, e beltrana está com este “corpaço”, e uma imagem mais recente: muito embora já tenha chegado aos 45 anos, continua mantendo sua invejável “forma”...

Outros permanentes “enfoques” se referem a “ensaios” de nus “artísticos”, em alguns casos com “incentivo” e aprovação do próprio companheiro; talvez o objetivo maior seja tirarem vantagens financeiras...

Tudo isto nos dá a impressão, que vivemos numa sociedade que dá exagerada valorização e atenção, por que não dizer ao “culto” a aparência física...

Procurar manter uma vida saudável, com boa saúde, através de uma adequada alimentação, com moderados exercícios físicos, é natural e compreensível, mas é preciso ter o discernimento para que isto não se constitua numa “compulsão”, para se ficar “eternamente” jovem, imune as inevitáveis “marcas” do tempo; não somos este“invólucro”, que parecemos ser, cujas transformações, por que não dizer o “envelhecimento”, são processos inevitáveis; se a beleza física “atraiu” alguém, se somente baseada nisto, não perdurará; mas se for associada ao “conteúdo”, isto é, aos reais valores d´alma, esta união, tende a permanecer...

Nosso país é dos campeões em cirurgia plástica, muitos por motivos mais banais, e até, podemos assim dizer dispensáveis; outras são direcionadas para “conservação” da “eterna” juventude; que poderá ser “protelada”, mas estamos subordinados a ciclos naturais e inevitáveis, pois começamos a “envelhecer” desde o dia que nascemos...

Aceitar a isto como algo natural da vida em si, sem “traumas”, nos torna mais felizes; não somos é este “invólucro”, mas sim o “conteúdo”; uma alma imortal, “carregando” provisoriamente esta “ vestimenta “, necessária, ainda ao nosso desenvolvimento nesta dimensão, o que queremos e o que buscamos; a “aparência” deste exato momento, não prevalecerá para sempre; temos que “aceitar”, que são inevitáveis estas mudanças...

Curitiba, 13 de junho de 2.013 - Reflexões do Cotidiano - Saul

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