Papel de Bodega, de Jessier Quirino
O filho de “seu” Antonio Quirino, sob as nuvens frias vindas da Serra da Borborema à Campina Grande, de tanto o pai recitar poesias, aprendeu o suficiente para também enveredar pelos caminhos da “poésis”; herdou, com alguns irmãos, a alma poética paterna que, lúcida aos seus 96 anos de idade, em 2013, voou muito acima da Serra. Entendeu Jessier o necessário para, mesmo abraçando a profissão de arquiteto, socializar seus talentos, somados aos dotes deixados pelo pai.
Jessier não ouviu somente poesia; recebeu também influência dos festivais musicais; da sua gente cantando Jackson do Pandeiro, Marinez e assobiando seu futuro amigo Sivuca; sentiu-se vocacionado ao desenho, como Flávio Tavares, às artes plásticas ao presenciar o paraibano umbuzeirense Assis Chateaubriand doar o quadro “O Perna de Pau e sua Senhora”, de Cândido Portinari, ao então recém-fundado Museu de Artes Assis Chateaubriand, até hoje orgulho campinense. O jovem Jessier, inquieto, disposto à luta, foi prestar serviço militar em Recife, de cuja ambiência cultural desfrutou sonhos artísticos. Em seguida, iniciou Engenharia Mecânica na FURNE, na sua terra natal, para, depois, transferir-se para o Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, onde passou a conviver com muitos “artistas, músicos e poetas”. Tal convivência motivou Jessier à maior produção dos seus sonhos: livros, CD’s, shows, mas sempre manifestando predileção às “coisas” do interior, contudo principiando um namoro exagerado por Itabaiana, como dizia Raimundo Ásfora nos comícios, “encruzilhada do progresso entre Recife e Campina Grande” e aonde se mudou, “de malas e bagagem”, com sua esposa, a itabaianense Enedina que conhecera no Curso de Arquitetura da UFPB.
Em maio de 1991, ao organizarmos o Centenário de Itabaiana, durante todo o mês de maio, conheci o talentoso arquiteto e promissor “show man” Jessier Quirino. Agora, em junho de 2015, vésperas de São João, numa noite memorável da Academia Paraibana de Letras, convidado por ele, apresentei seu livro “Papel de Bodega”, de um Jessier escritor, poeta, autor de oito livros, de cinco CDs, artista de palco, e, como o confrade Ariano Suassuna, artista que cuida e protege as artes e a cultura nordestinas. Jessier se explica: “Minha verve é o verbo “coisar”; a que acrescento: Através de belas imagens, fortes analogias, Jessier coisifica o que tem vida e, como no caso do causo “Nas Agruras da Lata d’Água”, dá vida àquilo que é coisa...
O filho de “seu” Antonio Quirino, sob as nuvens frias vindas da Serra da Borborema à Campina Grande, de tanto o pai recitar poesias, aprendeu o suficiente para também enveredar pelos caminhos da “poésis”; herdou, com alguns irmãos, a alma poética paterna que, lúcida aos seus 96 anos de idade, em 2013, voou muito acima da Serra. Entendeu Jessier o necessário para, mesmo abraçando a profissão de arquiteto, socializar seus talentos, somados aos dotes deixados pelo pai.
Jessier não ouviu somente poesia; recebeu também influência dos festivais musicais; da sua gente cantando Jackson do Pandeiro, Marinez e assobiando seu futuro amigo Sivuca; sentiu-se vocacionado ao desenho, como Flávio Tavares, às artes plásticas ao presenciar o paraibano umbuzeirense Assis Chateaubriand doar o quadro “O Perna de Pau e sua Senhora”, de Cândido Portinari, ao então recém-fundado Museu de Artes Assis Chateaubriand, até hoje orgulho campinense. O jovem Jessier, inquieto, disposto à luta, foi prestar serviço militar em Recife, de cuja ambiência cultural desfrutou sonhos artísticos. Em seguida, iniciou Engenharia Mecânica na FURNE, na sua terra natal, para, depois, transferir-se para o Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, onde passou a conviver com muitos “artistas, músicos e poetas”. Tal convivência motivou Jessier à maior produção dos seus sonhos: livros, CD’s, shows, mas sempre manifestando predileção às “coisas” do interior, contudo principiando um namoro exagerado por Itabaiana, como dizia Raimundo Ásfora nos comícios, “encruzilhada do progresso entre Recife e Campina Grande” e aonde se mudou, “de malas e bagagem”, com sua esposa, a itabaianense Enedina que conhecera no Curso de Arquitetura da UFPB.
Em maio de 1991, ao organizarmos o Centenário de Itabaiana, durante todo o mês de maio, conheci o talentoso arquiteto e promissor “show man” Jessier Quirino. Agora, em junho de 2015, vésperas de São João, numa noite memorável da Academia Paraibana de Letras, convidado por ele, apresentei seu livro “Papel de Bodega”, de um Jessier escritor, poeta, autor de oito livros, de cinco CDs, artista de palco, e, como o confrade Ariano Suassuna, artista que cuida e protege as artes e a cultura nordestinas. Jessier se explica: “Minha verve é o verbo “coisar”; a que acrescento: Através de belas imagens, fortes analogias, Jessier coisifica o que tem vida e, como no caso do causo “Nas Agruras da Lata d’Água”, dá vida àquilo que é coisa...