FUTUCANDO ONÇA COM VARA CURTA

Escrevi uma croniqueta comparando a comitiva atrapalhada dos senadores que foram a Venezuela a uma caravana rolidei sem graça. Achava que era apenas uma provocação gratuita, uma pinimba, que queriam mais atigir a política exterior do governo e a presidenta do que fazer festões em favor de presos políticos naquele país. Na verdade foram futucar onça com vara curta.

São valentes de verdade esses senadores? Creio que não estão mais para fanfarrarões e provocadores. Eles tinham certeza de que chegariam no aeroporto e seriam recebidos com festa, com helicoptero à disposição e, quem sabe, um carro de bombeiros para desfilarem como celebridades pelas ruas de Caracas. Os brocoiós ignoraram a distânxcia que existe entre o aeroporto e capital, uns oitenta quilômetros, que iriam de micro^-ônibus, que o trânsito seria difícil, que não havia torcida em seu favor, e, o pior, esqyeceram que os bolivarianos ocupam as ruas e defendem o governo e os seus ideais. Ora, se no Brasil se faz panelaço, se vaia a presidenta, se diz palavrões com Lula e Dilma, se pinta e brda, por qie na Venezuela não se pode demonstrar descontentamento com senadores que foram para a Venezuela tomar partido? Sim, foram provocar e tentar dar uma maozinha contra o governo venezuelano. Não foram com papel institucional de tentar uma solução, foram dar uma de coxinhas. Resultado: não sairam do canto. Fizeram um papel ridículo. Mais: pelos telefonemas pedindo socorro ao Brasil, via-se que estavam se borrando, fala-se até em dor de barriga. Tão valentes na tribuna e diante das câmeras e tão frouxos na Hora H. Dizem que alguns até falaram fino, devem ter comido do boi de Minas.

O governo brasileiro quando soube da saia justa que estava vestindo os senadores coxinhas tomou as medidas adequadas, o embaixadoer estava lá, havia um diplomata no micro-ônibus, fez o seu papel.Será que queriam que Dilma rompesse relações com a Venezuela por causa de uma bravata irrrsponsável? Era só que faltava. Esse patota é tão ridícula que só faz a gente rir. Incidente diplomático internacional? Pelo amor de Deus.

Minha vó sempre dizia que quem não pode com o pote não deve pegar na rodilha. E um velho sapateiro de Arcoverde sempre dizia quando via um provocador em apurios: quem procura, acha.

No mais, estranhei que o avião da FAB, na volta melancólica dos senadores coxinhas, não tenha pousado no aeroporto de Cláudio, aquele que aecito construiu em Minas em terras da família dele e entregou a chave ao tio. Seria uma oportunidade de retemperar as forças para outra aventura internacional, e alguns se curarem da dor de barriga. Mas acho que´´e mentira que alguns se borraram de medo. Não se tutuca onça com vara curta.