Galáxia CR7
“Uma equipa internacional de astrónomos, liderada pelo português
anunciou esta quarta-feira a descoberta da galáxia mais brilhante dos primórdios do Universo e de sinais das primeiras estrelas, quando o Universo tinha 800 milhões de anos
A galáxia foi baptizada com a sigla CR7 numa alusão à conhecida estrela de futebol português”
Na imprensa
Daqui a 100 anos irão perguntar quem diabo era o tal "7" e além de descobrirem quem ele foi irão descobrir também que os nossos cientistas que deram o nome à galáxia eram uns parolos...
O futebol é uma coisa temporária, no espaço de algumas décadas certamente outro desporto o irá substituir, ora as galáxias são eternas (isto em termos de expectativa de vida que a espécie humana terá...) logo há que baptizar as galáxias com um nome mais perene deixando de lado as alusões, as colagens a um jogador de apenas mais um desporto entre tantos desportos que a humanidade teve e terá...
Querer este tipo de colagens revela o lado pequeno de quem é grande, porque considero grandes todos aqueles que dedicam a sua vida ao conhecimento, a procurar ir mais além...
Por exemplo, dar o nome (ou as iniciais...) de um homem/mulher da ciência, das artes, da política, que marcou a história da humanidade, porque isto sim é eterno para os humanos...CR7 aludindo ao tal jogador...parolo (brega) e de mau gosto...que desprestigia quem a descobriu...
Dessem pois o nome e deixassem cair a alusão...
Compreendo: porventura quiseram dar numa de "modernaços" com a tal colagem "engraçadota"...
Não defendo a imagem de cientistas distantes, mas também não defendo a imagem de cientistas tão terra-a-terra que se tornem ridículos, que se tornem vulgares como foi neste caso...
Porque as galáxias irão ser vistas pelas gerações que nos sucederão, logo devemos deixar a essas gerações o que tínhamos de mais intemporal, devemos deixar memórias sólidas e não memórias que se irão esvaecer em poucos anos, deveremos deixar um edifício feito de pedra e não de pó, porque as civilizações subsistem porque souberam peneirar o útil do acessório, porque o útil deve ficar para o futuro, deve ficar para os dias dos nossos descendentes, e o acessório para o nosso dia a dia, extinguindo-se quando se extinguirem os nossos dias...