QUE TERIA PENSADO ALÉM DE ESCREVER SEU DIÁRIO?*

Assisto um documentário pela TV, fico extremamente comovido.

Os fatos narrados não são ficções, ocorreram há um pouco mais de seis décadas, que para longa história da humanidade, não é um período tão longo; e para nos parece que realmente foi ontem...

E os acontecimentos presentes demonstram que eles se repetem; demonstrando que boas partes dos seres humanos, prosseguem de modo arbitrário; invadindo países, tolhendo suas liberdades, com o agravamento maior: O desrespeito à vida, pois todos os meios justificam os fins...

Voltando as nossas Reflexões do Cotidiano; que pensaria a adolescente daquela época, sobre o mundo que a cercava? O longo confinamento, que havia sido imposto, que tolhia um dos maiores dons que Deus outorga a cada um: A liberdade...

Os dias se passavam numa rotina angustiante; pela fresta da cortina, furtivamente olhava para fora, apesar da sua dor do confinamento, a vida lá fora continuava, as pessoas se locomoviam, as árvores obedecendo ao infalível ciclo da natureza, floriam, davam frutos: O Criador demonstra pelas suas Leis que a Natureza é um livro em as seqüências lógicas de suas páginas...

Talvez pensasse: Em que se baseiam as descriminações e as segregações, impostas arbitrariamente; não somos filhos do mesmo Criador?

Com que direito uma nação invade a outra, impondo normas extremamente desumanas, com que direito? Baseados em que?

As “leis”, impostas pelos os que de tem o poder, são temporárias, não duram para sempre, sendo apenas vis regras pelos que estão provisoriamente no poder.

As Leis Divinas, estas sim são imutáveis e estão latentes na consciência de cada ser; na Liberdade, na Solidariedade, e que acima de tudo deve prevalecer que somos todos irmãos, almas oriundas do mesmo Criador, que nos deu um Mundo, com os recursos para suprir as necessidades de todos; as discriminações são frutos da própria ignorância destas Leis, que podem serem violadas, mas que o inevitável é que retornem a vida em si a uma condição de normalidade...

Alguns meses antes de terminar o Segundo conflito mundial, a família foi descoberta em seu esconderijo, foram levados e separados em campos de concentrações diferentes; todos vieram a falecer, exceto o pai, ela três semanas antes do campo de confinamento libertar os sobreviventes, em função da vitória dos aliados...

O pai retorna só, imagine o tamanho da sua dor; chegando a sua casa, a fiel servidora o recebe, e lhe entrega o diário; as folhas foram jogadas e espalhadas na sala no momento da prisão da família, pelas “autoridades;” jogadas no chão como se fosse lixo, milagrosamente não se perderam...

Mas, naquele diário estava uma preciosa lição de vida, de resignação, de reflexões, de alerta para as aberrações do comportamento humano não repetissem em outros tempos, em outros locais, em que os traumas são de difícil cicratização... Que só o tempo e, em muitas vezes em “outras vidas”, poderão finalmente apagar em definitivo os desatinos, causados pelos “Senhores da Escuridão” que volta e meia envolvem países e povos, porem, o Sol Tornará a Brilhar”, iluminando as “Trevas” daqueles que teimam em viver sem Deus em seus corações; nesta semeadura inglória, levarão centenas de anos para resgatar; que poderão não se restringir a este Mundo, mas em outros condizentes com o seu nível de consciência e procedimentos...

*O Diário de Anne Frank, foi transformado pelo seu pai (Otto Heinric Frank, faleceu em 1980) em livro que já alcançou 31 milhões de exemplares, em traduções para vários países. O direito autoral da obra ficou como herdeiro um fundo na Suíça.

Apesar dos fatos terem passados a mais de 65 anos, não deixa de ter um valor histórico; retratam o nefasto período que envolveu a Holanda invadida, em que sua capital Amsterdã, foi o palco de destaque, em que as perseguições em função da nacionalidade Judaica; em que a liberdade foi totalmente restringida; e o respeito à vida foram totalmente negligenciadas...

Após a invasão, os “vencedores”, convocaram os judeus para “espontaneamente,” a irem um local para se cadastrarem; com declaração minuciosa de seus bens; dias depois eram convocados, - por carta. - a lá comparecerem para entregarem todos os seus bens; em sua roupa era distinguida uma estrela, para dar destaque a sua nacionalidade; a partir daí somente poderiam se locomover a pé; as compras de feira seriam feitas quando a mesma estivesse para ser encerrada, cuja qualidade dos produtos era de baixa qualidade; dá para acreditar? Ofertavam-se premio para quem denunciasse algum judeu escondido...

O Diário de Anne Frank foi escrito entre 12/06/42 a 01/08/44, a prisão da família e de mais algumas pessoas, se deu em 4 de agosto de 1944; pelos Agentes da Gestapo; ela faleceu no dia 31 de março de 1945, com 15 anos.

Annelies Marie Frank, mais conhecida por Anne Frank; nasceu em 12 de junho de 1.929, em Frankfurt am Main, Alemanha. Faleceu em 31 de março de 1.945, Bergen-Belsen, Alemanha.

*Os números foram compilados da Wikipédia

Curitiba, 24 de outubro de 2010- Saul - Reflexões do Cotidiano (walmor.zimerman@bol.com.br)

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