AMOR PÊNDULO CENTRAL

Penso que o cristianismo dos dias atuais tornou-se vítima da teoria do caos.

Após mais de 2.000 anos de propagação do Reino dos Céus futuro no mundo espiritual, não consegue se adequar a fase transitória apocalíptica. Não aceita o estabelecimento do bem definitivo sobre a face da terra sem sua ascensão como povo eleito central.

Após muito suor, lágrimas, sangue e a morte de precursores, desenvolveu o hábito de um ressentimento, (inconsciente ou não) que tem como meta final ver seus algozes queimando no inferno enquanto é elevado as alturas com poder e glória. Um revanchismo explicito!

Uma parcela do cristianismo criou para si um Jesus Cristo vingativo e um Deus tirano que vai a forra e penaliza a parte da humanidade não cristã. Algumas denominações parecem “torcidas organizadas” vaiando e boicotando os movimentos globais que visam a concretização da paz cósmica. Não aceitam que ações positivas vigorem em resultados sem suas participações como escolhidos. Criticam de forma destrutiva a política, as religiões alheias, a ciência e tecnologia, a economia, a arte, a filosofia e tudo o mais de que pouco ou nada entendem pela própria inércia mental e intelectual com a ambição intrínseca de filhos legítimos de um Jeová (Jeová era Anjo agindo em nome de Deus) arrasador que não compactua com nada, como se o pai celestial Deus estivesse fora da história, da cultura, do desenvolvimento e progresso humano, alienado, sentado no trono, ocioso, aguardando o momento oportuno para aniquilar a humanidade iníqua.

Parecem por vezes parceiros do diabo apoiando-o quando ele se aproveita das fraquezas das criaturas inferiores punindo-as com toda maldade através das doenças, epidemias, das desavenças, do ódio e rancor, das drogas, dos crimes, dos dramas, dos relacionamentos desmoronados, das catástrofes e todo azar das calamidades...

A compaixão de alguns cristãos limita-se aos irmãos de bíblia e de cruz, aos de seus rebanhos que comem o mesmo pão e bebem a mesma bebida.

O cristianismo de hoje, em partes, a exemplo de certos Judeus, criou um messias sob medida para suas necessidades e a ele impôs suas próprias limitações, como se o verdadeiro salvador da humanidade em pleno século 21, na era da explosão nanotecnológica estivesse com a mesma mentalidade de dois mil e poucos anos atrás, falando a mesma linguagem dos pastores de ovelhas, de pescadores, analfabetos e outros ignorantes do passado...

Já passou da hora do praticante do Deusismo autêntico despertar para a providência divina contemporânea e se atualizar para fazer parte do curso trilhado pelo criador cósmico com a finalidade última de estabelecer sua grande família humana tanto na terra como no céu.

Há um chamado urgente para o ser humano contemporâneo praticar o familismo numa relação coracionada, tendo o amor de Deus como pêndulo central de suas ações.