A caixa
Você me manda fechar os olhos.
E me vem à lembrança de eu criança recebendo presentes.
Quando abro, vejo uma mala pequena com rodas gigantes desenhadas,
dentro da mala há uma caneta e uma agenda.
Nossa! Como você me conhece, eu amo escrever e por isso estou aqui.
Mas o que mais me impressionou foi a gaita! Sim, você me deu a alma do blues.
O nosso blues.
A gaita era sua, você não se desfaz assim das suas coisas.
Será que queria mesmo me impressionar?
Será que há algum sentido a mais pra isso?
Como eu queria entender seus enigmas.
Confesso, me impressionou.
Não consegui falar, você emudeceu minha letras!
Um nó surgiu na garganta.
Eu me comovi com o valor que deste à minha pessoa.
E reconhecer que esse é o essencial.
Queria que colocássemos sempre Deus em primeiro lugar.
Assim Ele cuidaria do início,
meio e
eternidade
de nossas vidas.
Mas você sabe que faltou algo.
Presentes não são presentes se não forem embrulhados de sentimento.
Será que não existe fogo nesse coração gelado?
Como queria que esses seus versos fossem para mim...
Pra quem será toda essa disposição de conquista?
Fica registrado meu contentamento de recebimento.
Mas também fica registrada minha dúvida eterna.
Mas...
"Esse é só o começo, do fim da nossa vida".