O PROGRAMA DO JÔ

Jô Soares foi ao Planalto entrevistar Dilma. Nada contra, mas foi cumprir uma tarefa global, nada se faz nessa emissora sem passar pelo crivo do Kamel. Como Dilma lançou um programa viável e que é exequível desde que as forças vivas da sociedade não sabotem, a Globo rsolveu fingir que não está contra e aí escalou o Gordo para entrevistá-la, é claro que munido to texto ou das dicas adredemente preparadas pela direção global. Lá anão há espaço para a liberdade de expressão.

Por isso acho que a melhor fase do programa do Jô foi no SBT porque o homem do baú deu ao Jô carta branca. Quando ele foi para a Globo não teve autonomia nenhuma. Lá há um script e priu.

Mas Jô é um deslumbrado, gosta de se pavonear como íntimo dos grandes, chamava FHC de Fernando e a esposa de Rute, parecia até que tinha jogado bolinha de gude com o autor de um único livro bom, aquele que escreveu em parceria com um sociólogo chileno, e brincava de bonecas com Dona Rute. Quis num programa encalacrar Hélio Fernandes, quando este disse que a grande imprensa no Brasil fazia imprensa marrom, então o apresentador deu um muxoxo e disse, mas eu, Hélio, escrevo na Veja. O grande jornalista fuliminou: escreve e faqz também jornalista marrom, o gordo amarelou. Com Brizola, tentou cercear o gaúcho, era Brizola espinafrar a Globo e falar nas perdas internacionais e Jô aparteava, desviava, fazia gracinhas. Então Brizola o chamou na grande: "Olha, Jô, quando o Sarney, Fernqando Henrique, ACM e outros sujeitos vêm ao seu programa você os deixa falar a vontade, mas comigo ficar interrompendo, por quê? Você está me cerceando a palavra?". O gordo não disse mais nada e aí Brizola falou o tempo todo.

Acho Jô um cara talentoso, mas no humor, como romancista é apenas regular, e como entrevistador seria bom, mas devido a camisa de força da Globo virou medíocre. Devia voltar para o SBT. Urgente.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 13/06/2015
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