O RATO

O RATO

Estava na cozinha quando veio um grito da sala:

- Mãe, um rato!!!

Fomos correndo para ver o “convidado”. Ele já tinha se instalado atrás da estante.

- Tem certeza que você viu? – perguntou a mãe.

- Tenho. Ele passou pelo tapete e entrou aí atrás da estante!

- Temos que pegá-lo senão ele vai fazer estrago.

- Vamos ver se arranjamos uma ratoeira. – disse o pai.

- Mas a esta hora da noite? Já sei. Vou ligar par a minha irmã.

Ligou.

- Não tenho ratoeira, mas tenho veneno.

- Serve. Qualquer coisa para pegá-lo.

Já passava das dez horas da noite quando foram buscar o veneno.

Eu não tinha visto ainda o famigerado rato, até que ele apareceu. Um ratinho pequeno, mas que causaria problemas.

Notei que ele às vezes saia de trás do armário querendo ir para outros cantos da casa. Cheguei perto da estante e fiquei observando. Ele saia, sentia minha presença e voltava correndo. Eu tinha que cuidar dos dois lados da estante, pois se ele escapasse iria direto ao sofá. Não deu outra. Vi ele em cima do sofá como a rir da minha cara.

E elas que não voltavam.

Paciência. Enfim ele voltou para o lugar que ele ficava.

Passei a observar mais de perto, e quieto.

Ele ameaçava sair, e voltava correndo assim que me via. Mas fiquei aguardando.

De repente ele resolveu abandonar a “toca”. E eu fiquei quieto.

Ele ficou todo confiante e foi para a porta da cozinha e tentou passar por baixo. Não deu outra. Com duas chineladas pus fim à sua aventura.

E elas nada de chegarem.

Liguei para casa da irmã e disse:

- Não precisa mais do veneno. Já matei o rato!

11/06/2015

lmorete
Enviado por lmorete em 13/06/2015
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