Viciados em WhatsApp e Facebook
Se a questão for de segurança, cujo risco envolve a si próprio, como em aviões, obedece-se as recomendações e os celulares são desligados. Entretanto, quando a questão é simplesmente de educação, esta vai para o beleléu e ninguém obedece nada. Em eventos da maior importância, em que a atenção deveria estar voltada para o protagonista, vê-se o maior desrespeito, com a maior cara de pau, pessoas de cabeça baixa, navegando no seu celular, às vezes com risos irônicos, pelas mensagens que ali enviam ou recebem. Antes, diziam que isto ocorria mais no Senado, na Câmara dos Deputados ou nas Assembleias Legislativas, vinculando a pecha aos políticos.
Já vi este procedimento nos mais diversos segmentos da sociedade e até na mais alta corte do país, o STF. Enquanto se discutia o tema das biografias, em que os mais renomados advogados de diversas instituições apresentavam a defesa oral, logo ao lado algumas pessoas estavam “ligadas” ao vício cibernético, sem a mínima atenção àquele tema do maior interesse para a Associação Nacional dos Editores de Livros.
É evidente que esses extraordinários meios de comunicação são da maior importância para os dias de hoje, nas redes sociais, e até eu posso ser flagrado cometendo essa gafe. Mas, que é preciso manter certo controle, ninguém pode negar. Até no trânsito, nas paradinhas dos sinais, vemos a distração dos motoristas, levando buzinaço dos que estão atrás, por estarem zapezapeando, como já criaram o novo termo. Portanto, não confundamos utilidade com vício.