O irmão

Durante mais da metade de sua vida José e Marcos eles ficaram distantes. Durante a juventude enquanto José ainda era solteiro, sempre que conversavam, por algum motivo acabavam discutindo, então José sempre dizia não gostar de seu irmão e Marcos NUNCA o procurou (sequer conhecia sua casa...seus sobrinhos?Conhecera na casa da mãe deles!).

Dizia que não o conhecia que não sabia de seus sonhos, seus pensamentos, que não tinha quase nada de bom para recordar sobre ele, no entanto, enquanto passava a mão naquele rosto pálido dentro do caixão, as lembranças vieram aos borbotões e José desejou que o irmão pudesse estar ali em vida para que pudessem relembrar juntos, rirem juntos e também para que José ter tempo de ser o irmão de Marcos.

Lembrou-se das vezes em que teve que cuidar de Marcos, por ser mais velho que ele, lembrou-se das brincadeiras, mas na adolescência vieram as brigas e se afastaram.

Marcos foi uma pessoa de gênio difícil e José o abandonou a sua sorte, jamais quis saber dele... Mas, e ai? José pode afirmar que ele não tinha um gênio também difícil de lidar? Será que se José tivesse cedido ido ao encontro de Marcos falado com ele...

Será que se José tivesse construído a ponte os dois não teriam se encontrado no meio dela e se abraçado?

Marcos se foi... E agora José? Que adiantam as lágrimas???Não teria sido melhor se pudessem ter gargalhado juntos???

Wal Ispala
Enviado por Wal Ispala em 11/06/2015
Reeditado em 11/06/2015
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