Carta para Júlio César.
Seu nome foi uma homenagem a um ponta arisco do flamengo que "entortava" os marcadores, seu pai, César, era mesmo um fanático rubro negro e nem mesmo as diferenças clubisticas, pois eu tricolor, não impediram de nos ligar tanto, e me fazer seu padrinho fato que até hoje me faz orgulhoso. Saiba Césinha, tanta coisa aconteceu desde aquele dia que de forma abrupta você nos deixou, seu pai nunca se refêz do duro golpe, a madrinha que a pouco ainda estava aqui contando casos seus, também não "engoliu" a dor que a saudade fez brotar, talvêz esteja agora aí fazendo alguma guloseima que você tanto gosta como as vezes que voce chegava em casa dando ordens -Madrinha, batata frita e depois frita umas "cozinhas". E prontamente seu desejo realizado.
Pouco você conheceu do mundo pois no auge dos seus muito "mimados" vinte e dois anos partiu, e ainda hoje lembro aquele jeito de menino que nunca deixou de existir, riso fácil, olhar brilhante que contrastava com o jeito carente de quem ainda estava descobrindo a vida.
Hoje César, o que gostaria de dizer é que você faz muita falta, do tempo que voce não pode desfrutar , das coisas que voce não pode dizer, e olha tal qual aquele ponta arisco do flamengo que gostava de "entortar" os marcadores, faz um favor, ensina a "entortar" a enorme saudade que você ainda nos causa. Abraço do padrinho.