O VESTIBULAR DO CRIME E DA VIOLÊNCIA

O VESTIBULAR DO CRIME E DA VIOLÊNCIA

“Em todas as instituições de vida útil e séria, sobre o mundo, o fornecimento de recursos envolve delegação justa de responsabilidade. A administração concede possibilidades com o direito natural de exigir a relação das despesas havidas, analisando sua natureza e finalidade, em favor do bem geral. Se entre os homens falíveis palpitam semelhantes preocupações, que não dizer do sistema perfeito de justiça na Vida Superior?” {...}. (Emmanuel).

Quantas pessoas, quantos seres humanos, quantas criaturas se entregam por aí, ao ato de rogar irrefletidamente! Imploram-se facilidades econômicas, posições de evidência, expressões de poder e autoridade. Aqui, suplica-se a cessação das lutas purificadoras, acolá se solicita providências descabidas, que deslocariam, por completo, o equilíbrio do bem comum. O que seria bem comum? Bem comum é uma expressão que possui conceitos em muitas áreas do conhecimento humano, mas que se assemelham entre si. De um modo geral, define os benefícios que podem ser compartilhados por várias pessoas, pertencentes a um determinado grupo ou comunidade. Por favor, não confundir com a famigerada corrupção. O bem comum na filosofia está relacionado com o ideal de progresso que todas as sociedades e nações do mundo devem alcançar: a igualdade social e econômica, onde todos possam ter melhores condições de vida.

Assim como na ideia filosófica, que, aliás, é usado como base para empregar o conceito em outros ramos do conhecimento, o bem comum é definido a partir dos interesses públicos, ou seja, tudo que seja pertinente ao usufruto ou que beneficie uma sociedade como um todo. Para as religiões, em destaque as cristãs, o bem comum é todo o bem que é vivido pela sociedade em comunhão. Para o bem comum religioso, os principais bens que merecem ser compartilhados entre todos os membros de um grupo são materiais, como o bem-estar, a felicidade, a fé e a paz. No direito, o bem comum está de acordo com o “Princípio Ético do Bem Comum”, as leis devem ser feitas para um estado coletivo, e não individual. A partir dos estudos filosóficos e até mesmo teológicos sobre os conceitos de “bem” e “comum”, a justiça brasileira determina o bem comum como algo que agrada a todos, ao povo, a comunidade, ao que é comum.

Baseados nessas informações podem dizer que a justiça brasileira não vem cumprindo o seu papel, pois não está agradando ao povo, nem as comunidades. A impunidade no Brasil é de grandes proporções que a violência vem crescendo assustadoramente em nossa querida pátria. Escola do crime: - Pesquisa realizada pela Revista Veja comprova que os bandidos no Brasil saem da cadeia muito mais perigosos do que quando entraram: o estelionatário vira traficante; o contrabandista vira sequestrador; e o ladrão, assassino, como ocorreu com o menos H.A. S, que passou treze vezes por instituições do Estado antes de ser acusado de matar a facadas o médico Jaime Gold, no Rio. O problema da violência no Brasil é puramente social, visto que os crimes mais brutais e horrendos acontecem nas periferias das grandes cidades. O ócio é um causador de fatos dessa natureza. E como tem jovens ociosos no Brasil.

Aqueles que nem estudam e nem trabalham que a população já apelidou de os nem, nem. Não se deve dar esmola ao homem e sim ensiná-lo a pescar. Não é com as famigeradas bolsas que vão resolver os problemas da violência. O único viés capaz de minorar a situação drástica, ainda é a educação, incluindo-se nesse rol a educação familiar. Um controle de natalidade se faz necessário urgentemente, pois colocar um ser humano no mundo sem que haja condições necessárias para educa-lo, e que ele possa produzir para a nação e se tornar um cidadão está praticamente impossível, pois a população brasileira cresce a passos largos e não existe emprego para todos.

Nesse detalhe vem o ócio e quem entra no ócio não pensa positivamente e os assaltos, os assassinatos, os drogados crescem a passos largos e o governo jamais poderá combater essa disparidade. Eles estão mais organizados e letais. A revista em epígrafe analisou 1306 processos de duas penitenciárias de segurança máxima de São Paulo: três em cada quatro reincidentes cometeram crimes mais graves que na primeira. Na primeira vez em que foram presos cometeram 0,8% de assassinatos, depois que passaram pela prisão o percentual aumentou para 30%. Roubaram e mataram na primeira vez o percentual foi de 0,7% e depois que passaram pela prisão houve um acréscimo e pulou para 14,4%.

Os que sequestraram 0,1%, depois que passaram pela prisão o percentual saltou para 14%. Os que traficaram 12% na primeira vez, mas depois que passaram pela prisão o percentual pulou para 39%. É uma verdadeira fábrica de monstros incorrigíveis. De quem será a culpa? Da justiça branda? Ou dos governos que não investem no social? O homem infrator para se corrigir precisa aprender na prisão alguma profissão que possa leva-lo a sobrevivência, mas se a cultura da violência estiver implantada no seu Ego, a recuperação será difícil. O Brasil está com a cabeça doente, pois o parlamento está contaminado com o vírus da corrupção. Eles roubam, no entanto a justiça tem sido benevolente e morosa no julgamento.

Existe um jargão popular que diz: “Quando a cabeça não pensa, o corpo padece” e é exatamente o que acontece com o Brasil. Está mais do que provado que as autoridades ligadas à educação não dão a mínima para ela. Um em cada oito jovens é analfabeto no Nordeste do Brasil. O cérebro é considerado o órgão da inteligência, que controla a parte motora, sensorial, e intelectiva do homem. É o instrumento que traduz a mente, manancial de nossos pensamentos, já afirmavam os estudiosos de Medicina Humana. Sabe-se também que uma vida de sofrimentos, de miséria, de preocupações, de estresse, de medo e principalmente a fome acarretam sérios prejuízos para os neurônios humanos. Neurônios cansados, neurônios mortos, a inteligência esvai-se.

O maior problema do nortista e do nordestino talvez não seja o analfabetismo, mas a miséria e a fome, que lhes tiram todo o ânimo para estudar e, quiçá, para trabalhar. A criança faminta é morta! Muito brasileiros alimentam-se do que encontram nos lixões das grandes cidades. De 2007 a 2015 foram contabilizadas no Rio de Janeiro 50 mil mortes violentas. Algo está errado, mas nenhuma autoridade foi capaz de reduzir essa chaga. O médico Jaime Gold, de 56 amos, pedalava a sua bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas todo fim de tarde. No dia 19, segundo testemunhas , H.A.S., de 16 anos, e um comparsa estariam de bicicleta quando se aproximaram dele e o esfaquearam por trás.

Como o médico não desmontou imediatamente foi golpeado mais e mais. Gold caiu, sangrando e segurando o abdômen, víscera à mostra. H.A.S., que já havia sido apreendido treze vezes antes disso, fugiu com o outro suspeito, levando a bicicleta, a carteira e o celular do médico, que morreu na manhã seguinte. Triste e lamentável acontecimento. Um médico a menos para trabalhar pela saúde brasileira. Daniel de Paula Celeste já tinha passado duas vezes pela prisão, a primeira em 2007 e a segunda em 2011. Dois meses depois de ser solto pela segunda vez, matou o estudante universitário Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, no estacionamento da USP (Universidade de São Paulo), tudo porque o jovem não entregou o dinheiro que tinha sacado no caixa.

Foi condenado há 20 anos, mas como a lei é branda daqui a pouco estará solto e matando novamente. Sócia do (restaurante Guinas), no Baixo da Gávea, no Rio de Janeiro. Maria Cristina Mascarenhas foi morta em junho de 2014, quando saía de um banco a poucas quadras dali, durante uma tentativa de assalto o criminoso que deu o tiro, Jardel Wanderson de Oliveira, já tinha ido para a cadeia por roubo em 2008, como ele, três em cada quatro bandidos estudados pela mídia cometeram crimes mais graves depois de passar pela prisão. De ladrão a chefe de quadrilha:- A morte da dentista Cinthia Magaly de Souza de 47 anos , em abril de 2013, chocou o Brasil: irritados com o fato de ela ter apenas 30 reais na conta, os bandidos atearam fogo na mulher.

A frente desse crime estava Thiago de Jesus Pereira, um ladrão que entrou na cadeia pela primeira vez em 2006, por assalto a mão armada. De volta às ruas, ele virou líder de uma quadrilha especializada em roubo a consultórios. Em 2014, foi condenado a 37 anos de prisão pela morte de Cinthia. Ledo engano das autoridades de que traficantes são moradores de favelas. Os traficantes que tem acesso fácil a armas pesadas moram em condomínios de luxo, mas até agora ninguém atentou para esse problema social. Carambola no Comando: - Faz quase uma década que Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, está atrás das grades de uma penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo. O PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que ele comanda ao lado de Marcos Herbas Camacho, está presente em 22 das 27 unidades da federação do Brasil.

Depois das ondas de violência de 2006 e 2012, quatro criminosos ligados ao grupo mataram mais de 100 policiais em São Paulo, a facção silenciou, mas continua atuante. “Eles estão mais estruturados e focados no tráfico de drogas, um crime de alto retorno e de menor risco, diz o procurador Marcos Sérgio Christino. O faturamento anual é estimado em 120 milhões de reais. Para especialistas, são grupos como o PCC que ajudam a fazer das cadeias máquinas de aperfeiçoar bandidos. Tolerância zero deve ser implantada já no Brasil. Para cada policial morte um traficante a menos e já se resolveria o problema da violência. Infelizmente “Os Direitos Humanos “ pendem mais para a marginalidade. O clichê popular diz que: “ O brasileiro é igual a parafuso, só vai no arrocho”. Como tem estelionatários no Brasil.

Prometendo lucro fácil, ricaço da Barra da Tijuca envolve amigos de infância em investimentos fictícios e foge para a Flórida com mais de 20 milhões de reais. Golpistas: - Caram com o cúmplice Coury: depois de ludibriar amigos de longa data no Rio, ele foi gastar o dinheiro que surrupiou. Provas do crime:- Depósito na conta da “secretária” Carolina e cheque para um cliente recente, a quem a quadrilha ainda queria convencer de que o negócio era sério: setenta vítimas já identificadas. Caram com possíveis clientes na piscina do hotel em Miami: viagens de graça faziam parte do arsenal de atrativos. O Brasil tem mais ladrão do que Zé lá na Paraíba. No teatro de Operações, em que a violência urbana mostra as formas de incredulidade humana, tanto na capital quanto no interland e nas periferias das grandes cidades, o palco da miséria, o cenário visual está execrado pelo modelo socioeconômico. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE. -JORNALISTA

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 09/06/2015
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