ESTELIONATO EXPLÍCITO

Durante a campanha eleitoral do ano passado, a candidata Dilma, passou todo o tempo dizendo que jamais agiria como o governo de FHC ao qual se creditavam todos os males do Brasil e do mundo.

O candidato Aécio foi bombardeado em todas as situações como sendo o arauto do caos administrativo onde a economia brasileira seria entregue ao mercado estrangeiro e toda a nossa infraestrutura seria privatizada em cumprimento aos ditames do neoliberalismo e de instituições financeiras internacionais como o FMI, Banco Mundial e Clube de Paris.

Naquele ano de campanha eleitoral, promessas e barganhas com o congresso venal e conivente, todos os parâmetros econômico-financeiros de macro economia, da responsabilidade fiscal, do zelo pelo cumprimento das atribuições constitucionais do governo federal em todas as áreas, foram colocados na prateleira da irresponsabilidade.

Isenções fiscais e empréstimos para multinacionais e concessionárias do serviço público, juros astronômicos, obras de engenharia e doações (em espécie) sigilosas para correligionários estrangeiros que rezam na mesma cartilha da ditadura disfarçada num populismo canhestro além da institucionalização das propinas em todas as transações comerciais das empresas estatais com seus fornecedores, além do endividamento geral da população que caiu na armadilha do consumo desenfreado, apenas pelo consumismo, foram implementadas.

De onde se tira e não se bota um dia acaba e a fonte do dinheiro secou apesar da escorchante carga tributária a que todos nós estamos, compulsoriamente, sujeitos.

Esgotadas as fontes de recurso para empréstimos e com o nome sujo na praça, a população se encolheu e o mercado murchou.

As indústrias pararam de fabricar e as empresas comerciais pararam de vender, o desemprego virou uma triste realidade em todas as regiões do Brasil.

As variações climáticas foram um complicador a mais para o aumento de preços dos produtos hortifrutigranjeiros e pecuários e a inflação que nos últimos 12 anos esteve sempre acima da meta, foi aos cornos da lua.

Depois da eleição suspeita de fraude a presidente liberou todos os preços dos serviços públicos controlados e agora, depois de terceirizar a condução do governo e de nomear um super ministro de fazenda ortodoxo vem com as mesmas receitas de austeridade e de privatização que durante toda campanha fez questão de demonizar.

Numa reunião patética no palácio do planalto, na presença de muitas vaquinhas de presépio adestradas, anunciou a reedição do pacotão de 2012 que em sua maioria não saiu do papel.

Como brasileiro espero que agora dê certo, mas como cidadão esclarecido, com idade e conhecimento bastante para analisar as medidas anunciadas, não acredito que vá ter o resultado positivo que se espera a médio e longo prazos, porque os fundamentos de regras claras e justas, honestidade e de credibilidade, (como é normal nas atitudes dos PTralhas) não existem.