Casamento: o meu melhor amigo?
Ouvi no dia do casamento a que compareci em janeiro uma declaração no mínimo interessante (se bem que veio de um homem de 20 e pouco anos, não-sóbrio, à beira de uma piscina com sol a pino): "Cara, você vai se casar hoje! Tá f..." Tendo em vista a frase pouco delicada mas muito honesta, chegaríamos à conclusão que tal instituição está fadada ao fracasso; que o antigo sonho de casar acabou. Nananinanão.
Por mais contraditório que pareça, o casamento está mais vivo do que nunca. Apesar da convenção que se criou de matrimônio ser igual a marasmo e sua duração inversamente proporcional a sexo, pessoas ainda casam. Por quê? Francamente não sei. Não consigo entender como duas pessoas tornam oficial - e ainda chamam amigos e parentes para assistirem - o compromisso de estar ao lado uma da outra até que a morte os separe. Minhas faculdades mentais não me permitem a compreensão de por que alguém com mais 50 anos de vida à frente concorda em sã consciência em passá-los todos juntos a outro alguém; a quem ama e respeita; com quem pode contar em momentos felizes, melancólicos, de dúvida; quem, portanto, proporciona não apenas boas risadas como também conforto nos dias mais difíceis. Gente louca.