O DESTAQUE E A OMISSÃO...
O mais conceituado Jornal * do nosso Estado, na sua edição deste último domingo, no caderno Vida e Cidadania, apresentou com detalhes bem elaborados, dados sobre os 100 anos do naufrágio do Titanic, ocorridos nos minutos que antecediam o final do dia 14 abril, de 1.912, e as primeiras horas da madrugada do dia 15, - após bater no iceberg. - duas horas e quarenta e cinco minutos depois, tudo estava consumado, ele, submergiu eternamente há aproximadamente 4 mil metros de profundidade nas águas gélidas do mar do Atlântico Norte. Tema exaustivamente enfocado por centenas de livros e filmes, retratando o trágico destino do mais luxuoso transatlântico da época, que naufragou na sua viagem inaugural, em que pereceram mais de 1.500 pessoas.
Este acontecimento inesperado até hoje têm o poder de chamar a atenção de gerações que são atraídas para saber as causas e as circunstâncias deste nefasto e inesperado acontecimento, - em 14 de abril de 2.008 escrevemos sobre este tema, com alguns detalhes pouco conhecidos. -
Há alguns dias atrás, assistimos um interessante documentário no Nacional Geographic, mencionando, talvez para muitos, como foi o nosso caso, narrando que um jovem engenheiro, - com 30 anos. - que participou diretamente da construção do navio desde o seu início, quando finalmente a árdua tarefa estava terminada, graças há incontáveis mãos de trabalhadores anônimos, por uma determinação da Direção da Empresa, sete operários de setores diferentes da monumental construção, foram escolhidos e receberam como prêmio, em face de suas atuações de destaque em seus trabalhos, foram premiados para junto com ele irem à viagem inaugural. Narrou o documentário, que todos pereceram; pois munidos por um espírito de solidariedade procuraram ajudar os passageiros a se salvarem, e não pensaram em si próprios, o que demonstrou um altruísmo, bem além das atitudes comuns.
... Em 27 de novembro de 2.011, escrevemos: OS PROCEDIMENTOS DE CADA UM... ( Como justificar o injustificável?) A tragédia sobre o transatlântico germânico Wlhelm Gustloff, que teve seis vezes mais vítimas do que o Titanic, não ocasionados pelas “forças da Natureza”, mas provocada pelos desatinos humanos, - da tecnologia sem Deus. - a fatídica data completou em 30 de janeiro 67 anos...
Quase nada é comentado sobre isto. Seria a “dor” maior dos que pereceram no Titanic, com a “dor” dos mais de dez mil que tiveram repentinamente suas vidas ceifadas, por uma atitude insana provocadas por um submarino soviético, naquele momento “aliado” e por isto não mereceu qualquer tipo de constrangimento, pela sua atitude que deliberadamente provocou a maior tragédia marítima, no entanto, ontem, como hoje, a repercussão é quase inexistente, se comparando ao Titanic, qual seria o motivo do “destaque” ao primeiro e “omissão” ao segundo?
Os fatos da história nem sempre são tratados do mesmo modo, por quê? A valorização de um não deveria vir em detrimento de outro... O navio Wilhelm Gustloff, é um acontecimento pouco conhecido, apesar disto, é o maior naufrágio, independente da história não lhe dar ele o destaque que merecia. Talvez, - repetimos. - ser provocado por um país “aliado”, quando faltavam tão somente três meses e alguns dias, para o término da Segunda Guerra Mundial, sendo assim, não haveria qualquer diferença, deixar seguir viagem o navio apinhado de refugiados que desesperadamente buscavam chegarem ao seu país de origem, para tentarem um difícil recomeço...
A nós que acreditamos no determinismo que envolve muitos fatos na vida de cada um, alguns, porém, também podem ser em decorrência de atitudes negativas do presente, que terão a “colheita” obrigatória no futuro de difícil ressarcimento, na inviolável Lei de Ação e Reação...
*Gazeta do Povo.
Deixamos a nossa sugestão de reportagem, a competente equipe de Jornalistas deste prestigioso Jornal, a elaborarem um trabalho sobre o maior acidente marítimo de nossa história, - o navio Wilhelm Gustloff. -
Curitiba, 17 de abril de 2.012- Reflexões do Cotidiano- Saul
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