Tarde de chuva
Ontem, choveu à tarde. Foi uma daquelas tardes de chuva forte, mesmo com o sol brilhando no céu e em que cada gota de chuva se parece com um pequeno diamante que vem descendo, refulgindo cores em uma cascata de luzes, iluminando as árvores, as flores, o próprio céu.
Ontem, choveu à tarde. Foi uma tarde igual àquelas em que ficávamos na varanda, molhando as mãos nas cachoeiras que despencam do telhado, ou dançando na chuva, cantando “sol com chuva, casamento de viúva; chuva com sol, casamento de espanhol...”
Ontem, choveu à tarde, como sempre chovem nestas tardes de primavera, anunciando mais um verão que se aproxima, apagando alguns focos de incêndio nas matas e nos morros, dando um novo colorido para o verde, que ficou mais verde, como você sempre gostou, protetora da natureza.
Ontem, choveu à tarde, e logo o céu ficou mais azul, talvez lavado por São Pedro e seus anjinhos, você entre eles, como sempre o fazem nas tardes de chuva; até mesmo pude ouvi-los arrastando os móveis do céu, que era como você me explicava o barulho das trovoadas que às vezes a assustavam, fazendo com que procurasse proteção em meus braços.
Ontem, choveu à tarde e o morro do Imperador, que você chamava de Morro do Elefante, se cobriu de centenas de cachoeiras, como sempre quando chove nestas tardes de primavera, início de verão, quando ficávamos à janela, contemplando tanta beleza e comendo os “bolinhos de chuva” que só a vovó sabia fazer tão gostosos, cobertos de açúcar com canela.
Ontem, choveu à tarde e um arco-íris cortou o céu ao meio, escondendo um pote de ouro atrás das montanhas, e fiquei esperando que você me lembrasse que deveríamos procurá-lo, os olhos brilhando de expectativa de encontrá-lo.
Ontem choveu à tarde e pude ver, longe, muito longe, alguns raios riscando o céu e fiquei admirando suas belezas, como sempre o fazia junto com você, menina-sem-medo-de-tempestade, contando o tempo: um-dois-três... para sabermos se a tempestade já estava indo embora.
Ontem, choveu à tarde, como sempre chovem nestas tardes de primavera, início de verão e senti maior esta saudade de tantas tardes que passamos juntos, vagabundos, vendo a chuva cair, cantando e dançando na chuva, vendo o arco-íris, os raios distantes, com você feliz a meu lado, quando chovia à tarde...
Ontem, choveu à tarde. Foi uma daquelas tardes de chuva forte, mesmo com o sol brilhando no céu e em que cada gota de chuva se parece com um pequeno diamante que vem descendo, refulgindo cores em uma cascata de luzes, iluminando as árvores, as flores, o próprio céu.
Ontem, choveu à tarde. Foi uma tarde igual àquelas em que ficávamos na varanda, molhando as mãos nas cachoeiras que despencam do telhado, ou dançando na chuva, cantando “sol com chuva, casamento de viúva; chuva com sol, casamento de espanhol...”
Ontem, choveu à tarde, como sempre chovem nestas tardes de primavera, anunciando mais um verão que se aproxima, apagando alguns focos de incêndio nas matas e nos morros, dando um novo colorido para o verde, que ficou mais verde, como você sempre gostou, protetora da natureza.
Ontem, choveu à tarde, e logo o céu ficou mais azul, talvez lavado por São Pedro e seus anjinhos, você entre eles, como sempre o fazem nas tardes de chuva; até mesmo pude ouvi-los arrastando os móveis do céu, que era como você me explicava o barulho das trovoadas que às vezes a assustavam, fazendo com que procurasse proteção em meus braços.
Ontem, choveu à tarde e o morro do Imperador, que você chamava de Morro do Elefante, se cobriu de centenas de cachoeiras, como sempre quando chove nestas tardes de primavera, início de verão, quando ficávamos à janela, contemplando tanta beleza e comendo os “bolinhos de chuva” que só a vovó sabia fazer tão gostosos, cobertos de açúcar com canela.
Ontem, choveu à tarde e um arco-íris cortou o céu ao meio, escondendo um pote de ouro atrás das montanhas, e fiquei esperando que você me lembrasse que deveríamos procurá-lo, os olhos brilhando de expectativa de encontrá-lo.
Ontem choveu à tarde e pude ver, longe, muito longe, alguns raios riscando o céu e fiquei admirando suas belezas, como sempre o fazia junto com você, menina-sem-medo-de-tempestade, contando o tempo: um-dois-três... para sabermos se a tempestade já estava indo embora.
Ontem, choveu à tarde, como sempre chovem nestas tardes de primavera, início de verão e senti maior esta saudade de tantas tardes que passamos juntos, vagabundos, vendo a chuva cair, cantando e dançando na chuva, vendo o arco-íris, os raios distantes, com você feliz a meu lado, quando chovia à tarde...