Nossos deputados pretendem descriminalizar o jogo do bicho.
 
O interesse de “soltar” os bichos renasceu nessa terça-feira.
O governo ganharia cobrando impostos, incentivaria demais as apostas dos turistas e eliminaria o monopólio de grupos bem suspeitos.
 
Essa discussão certamente é engraçada, pois, nas ruas, à vontade, sem embaraço, os cambistas (pessoas que realizam as apostas) não ficam escondidos nem tensos efetuando os jogos.
Quem nunca fez uma apostazinha?
Boêmios, advogados, professores, policiais, freiras, enfim, os torcedores do Bahia e Vitória sempre jogaram confiantes.
 
Hoje não nado mais nessa praia, porém vou realizar uma confissão que mostrará meus fortes laços com os queridos bichos do jogo do bicho.
Eu já fui cambista.
Iniciando a juventude estava lá, no antigo bairro, fazendo as apostas, na época utilizando talões.
As moças donzelas ou experientes adoravam tentar a sorte.
_ Que bicho combina com a beleza e sedução?
 
Elas não resistiam, isso aumentava a comissão.
 
* Liberar o jogo do bicho faz grande justiça a uma prática que possui a aprovação popular. Se o cidadão sonha com a carinhosa sogra, por que não jogar na cobra?
 
As criativas análises oníricas, as apostas exageradas, o querer "beliscar" um milhar, a adrenalina aguardando o resultado são alguns estímulos relacionados ao jogo do bicho, o povo gosta, não é inteligente conter ou fingir que não enxergamos.
 
Solta os bichos!
Eles merecem.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 04/06/2015
Reeditado em 04/06/2015
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