“NÓS” E O TEMPO...
São 6 horas e 20 minutos desta manhã; é o novo dia que surge em que estamos inseridos, mesmo que temporariamente nesta dimensão; passado, presente e futuro, espaço e tempo, tudo nos parece que estão sutilmente interligados, motivo pelo qual há momentos que nos “arquivos d´alma”, o passado pode se tornar presente quando o “revivemos”; todavia, a “marcha” do tempo segue inexoravelmente o seu “caminho” e “transeuntes” seguimos vivendo nossas vidas, em que há as tristezas e as alegrias, vão somando em nosso eterno aprendizado...
... “Recuamos” a 21 de janeiro de 1.964; - 50 anos - quarenta dias depois, 31 de março o país entrava no “regime de exceção”, que duraria 20 longos anos, tínhamos tão somente 23 anos, já com família constituída, uma filha, com dificuldades econômicas, bancário, cuja renda não ultrapassava a um salário mínimo e meio; pagando aluguel, e que havia uma clausula: o valor do aluguel sempre seria um terço do salário mínimo vigente...
O pouco poder aquisitivo da maioria da população brasileira tornava difícil a aquisição de uma simples geladeira, TV e um carro era um sonho irrealizável, bem como a dificuldade da aquisição da casa própria; hoje, após cinco décadas, compreendemos melhor a conjuntura daquela época, as questões políticas, sociais; no primeiro caso havia dois blocos, EUA e URSS, em ferrenha disputa para impor sua hegemonia, no sistema político e social, em que todos os fins justificavam os meios, isto tudo acabou originando na América Latina, os regimes militares, em vários países, na década de 60 e 70...
Apesar das sistemáticas “crises” políticas e sociais, o país foi aprimorando os meios de produção, tornado os bens com mais facilidade de acesso, a maioria de sua população; entretanto, isto também nos faz refletir e ponderar: é evidente se o “ter” não vier acompanhado do “ser”, haverá um desequilíbrio, teremos uma sociedade “consumista”, despreocupada com o consumo consciente e sustentável.
O Planeta, - nossa Casa Estelar, que dá o abrigo temporário a mais de sete bilhões de seres humanos, tem recursos limitados, e isto “obriga” as pessoas que já despertaram esta consciência, com atitudes ponderadas em seus mínimos atos, não pensando somente em si, mas no “conjunto”; atitudes simples, aparentemente despretensiosas, por exemplo: fazendo um “sacrifício” vez por outra usar o transporte público, ao invés do carro, estará colaborando com o meio ambiente, fazendo a sua parte que somadas a muitos outros poderá fazer a diferença...
Tudo isto nos leva a crer, que é preciso criticar menos e contribuir mais, talvez estivesse nos pequenos gestos, na vivência da ÉTICA, que é a soma de todas as virtudes, que pode um dia “refletir”, naqueles que detém o poder de mando, mas que nem sempre dão os exemplos...
Curitiba, 21 de janeiro de 2.014 - Reflexões do Cotidiano - Saul
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